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Marina Ribas em exposição individual na Z42 Arte

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A Galeria Z42 Arte inaugura uma exposição individual de Marina Ribas, artista carioca com 20 anos de carreira na arte contemporânea brasileira. A exibição ocupa o térreo do casarão no Cosme Velho, com trabalhos inéditos produzidos ao longo dos últimos três anos.

Icônico na história da arte, o ovo é um elemento presente na trajetória de grandes artistas brasileiras: Anna Maria Maiolino, Celeida Tostes, Lygia Pape, Regina Vater e a escritora Clarice Lispector. Como nada é “de novo”, Marina Ribas explora com sua linguagem poética este símbolo. Desde pequenos ovos produzidos um a um à mão, passando por esculturas totêmicas, grandes formatos em pinturas até registros de inserções não permitidas realizadas pela artista fora do país.

Em “Ninhos vazios”, cipós e troncos de podas são justapostos a hastes metálicas, criando circuitos. As peças de grandes dimensões têm relação direta com a parede, falando da linha e a sua projeção sobre o espaço real. O ninho vazio em escala menor se sustenta por si só; mais escultórico, traz a questão da volumetria através da massa.

Já na série “Endométricos”, Marina Ribas apropria-se de espumas de grandes dimensões e trabalha o acúmulo e o esvaziamento de matéria sobre elas. A saturação é evidenciada por volumosos borbulhantes, que crescem e se proliferam pela superfície esponjosa. Uma das obras que se destaca é um quadro preto de 3,1 x 2 metros, feito a partir de uma espuma cinza. “Introduzi mais preto sobre uma corporeidade. A espuma é uma estrutura com profundidade e densidade. Acumulei sobre ela mais matéria e pigmento preto, criando fissuras, indo além do gestual do pincel: é também um trabalho de esculpir. É uma pintura escultórica; um relevo”, explica a artista.

A série “Oco Maciço” dá uma continuidade à corporificação da exposição, dessa vez relacionando os volumes disformes e esponjosos a elementos arquitetônicos e geométricos, através de empilhamento. O barro, presente na história da humanidade desde os tempos imemoriais, reforça a ideia de se repensar o passado.

Outros trabalhos trazem uma dinâmica de opostos complementares, protagonizados por um díptico: dois grandes quadros brancos com ovos em baixo e alto relevo. Este jogo do côncavo e convexo se desdobra em outras obras de escalas variadas, onde casca e conteúdo dialogam entre si, tomando como discurso o “dentro” e o “fora”.

Uma parte da exposição vai exibir registros fotográficos de uma série de intervenções não autorizadas, em que a artista espalhou seus ovos por estátuas femininas antigas de cidades italianas e francesas. Apesar do mimetismo, não se trata de uma integração, mas de uma provocação. Os ovos marcam a ausência da artista mulher nesses contextos, onde a história da arte foi até pouco tempo predominantemente masculina.

Por fim, a artista apresenta o múltiplo “nada de nOvo”, onde a manufatura dos ovos em porcelana fria discute a dualidade entre o individual e o coletivo. Apesar de quase idênticos, são todos únicos.

Aliás, em uma das salas, os ovos pretos ocupam uma parede em linha reta, como se flutuasse. Aqui, o inesperado se apresenta no apoio vertical, criando visualidades fora do comum. A obra também fala de repetição do ponto no espaço e sua relevância.

Além disso, para que o colecionador e o público em geral possa fazer sua própria inserção, a artista disponibiliza caixas de meia dúzia de ovos para venda, com quatro opções de tom. As obras vêm acompanhadas de certificado de autenticidade assinado pela artista.

SERVIÇO:
Título: “Nada é de novo”, de Marina Ribas
Local: Z42 Arte (Rua Filinto de Almeida, 42, Cosme Velho – Rio de Janeiro)
Período expositivo: 19 de março até 18 de abril de 2023
Horário: de segunda a sexta, das 11h às 16h. (sábados, sob agendamento)
Entrada franca

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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