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Monica Mansur expõe suas obras no Paço Imperial

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Monica MansurO Paço Imperial inaugura a exposição “DO CONTORNO DAS SOMBRAS”, com obras da artista Monica Mansur. A exposição apresenta seis séries reunindo cerca de 20 trabalhos, grande parte inéditos, pontuados pela pesquisa da artista voltada para a imagem em sua formação física e no desenvolvimento da produção de imagens capturadas com câmeras sem lente (pinhole, ou estenopeicas), fotografia infravermelha, diversos tipos de impressão, posteriormente usadas em foto, objetos, vídeo e instalações dispostas em ocupações espaciais.

Por três décadas a artista explora a natureza da imagem, entre os limites da imagem em estágio imaginal e a imagem concreta, munida de uma formação polivalente: como arquiteta, gravadora, fotógrafa, e estudiosa da história da arte. Da arquitetura, Monica traz as questões da espacialidade; da gravura, a sua ‘estética da repetição’. Da fotografia, o meio experimental e alguns conceitos investigados: índice, traço, documento, sintoma e memória.

O pinhole (buraco de agulha) captura a imagem inerte, um lampejo, o não movimento, um tipo de “para sempre”. Diferente do congelar do instante fotográfico, a câmera captura o exato mais que o instante, aquele instante que é mais longo, o construído pela imagem captada e prolongado no movimento de ir e vir do fotógrafo sujeito. “O corpo fotográfico, o corpo humano real ou falso, os corpos dos campos e das cidades acionam diversos gatilhos, operam sob a tensão entre a imersão imaginária na paisagem e sua impossibilidade. O espectador em movimento se percebe entre imagens, corpos, fragmentos – pequenos vislumbres”, diz Monica Mansur.

Com a curadoria de Paula Terra-Neale, a exposição apresenta trabalhos de grande experiência técnica, de muita delicadeza sob um olhar de quem é uma mestra. “Acredito que a fotografia é para Monica Mansur um processo investigativo para determinar a ontologia da imagem na arte contemporânea. É um prazer poder continuar o diálogo que estabelecemos sobre isto e que se estende por décadas desde o curso que ministrei no Mestrado de História da Arte EBA UFRJ onde Monica era mestranda, em 1997”, afirma a curadora.

“Em texto de 2014 ela mesma coloca essa questão, O que é imagem? ‘Imagem (imaginação), paisagem pessoal e inventada, formada pela luz, pela memória, construção fisiológica e mental’. Está claro nessa declaração que a imagem não representa o real, ela não é seu duplo, não está ocupando o lugar do ser e não possui aura. Ela é um processo, um diálogo com o sujeito em um determinado tempo. Ela ocupa diferentes lugares nos tempos como resíduos de experiências e motor para novas experiências estéticas. Para a artista a imagem é imaginação (tempo futuro), memória (tempo passado), ou monumento (um espéculo na ausência do ser, a morte da aura)”, complementa Paula Terra-Neale.

SERVIÇO
Paço Imperial / IPHAN (Praça XV de Novembro, 48 – Centro)
Exposição em cartaz de 22 de março a 21 de maio de 2023
Visitação de terça a domingo e feriados das 12h às 18h

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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