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“Diálogo no Escuro” volta ao Museu Histórico Nacional

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"Diálogo no Escuro"Depois de sete anos, desde que foi montada pela primeira vez em solo carioca, a exposição “Diálogo no Escuro” volta ao Rio de Janeiro. Abril foi o mês escolhido para a inauguração (dia 13), pois o Abril Marrom marca a data da conscientização sobre a cegueira. Trata-se de uma instalação que simula espaços e cenas do dia a dia, em ambientes totalmente às escuras. Aliás, o projeto é uma iniciativa da Calina Projetos e do Museu Histórico Nacional, como parte das comemorações de seu centenário.

Munidos de bengalas, os visitantes são guiados por pessoas com deficiência visual durante todo o trajeto, tendo a oportunidade de experimentar não ver o mundo, mas sentí-lo, experimentá-lo, da mesma maneira que os não videntes o percebem. O projeto passou por 47 países, entre eles o Brasil, onde mais de 200 mil visitantes já tiveram a experiência. No mundo, já são mais de 10 milhões de pessoas, 170 cidades e 29 localidades. A exposição estará em cartaz até o dia 30 de julho no Museu Histórico Nacional, localizado na Praça Marechal Âncora, no Centro, e a entrada é gratuita.

Diálogo no Escuro é uma experiência que reúne aspectos relevantes e questões atuais como a importância da diversidade, da inclusão e da empatia, e que visa promover conexão e integração. “O objetivo do projeto Diálogo no Escuro é mostrar para o ser humano que o impossível não existe e que nós determinamos nossos próprios limites. Possibilita, ainda, a coexistência e a diversidade, por meio do encontro, experiência e diálogo entre diferentes grupos. Depois da experiência, o público certamente passará a notar ao seu redor a acessibilidade de espaços e serviços onde vive”, destaca Andrea Calina, sócia-diretora da Calina Projetos.

Para o diretor-substituto do MHN, Pedro Heringer, sediar uma vez mais “Diálogo no Escuro” no Rio, agora integrando as comemorações dos 100 anos do museu, reafirma o compromisso da instituição em “dar protagonismo a narrativas e histórias que, por acaso ou por convenção, acabaram marginalizadas”. “Pensar o outro é um exercício, uma lembrança constante”, aponta.

Durante a exibição, os visitantes têm a oportunidade de caminhar por salas escuras e estruturadas para que tenham as sensações de cheiros, temperaturas, sons e texturas, como se estivessem passando pelo Jardim Botânico, pela feira de artesanato da Avenida Atlântica e atravessando ruas.

Em um dos ambientes, o visitante é convidado a se sentar num banco e, ali, ocorre um dos momentos mais tocantes e que aproximam quem está sendo conduzido e o guia, papel desempenhado apenas por pessoas com deficiência visual. É quando o guia se apresenta, responde às dúvidas e curiosidades e fala um pouco de sua história, suas dificuldades e necessidades e anseios.

Outra questão relevante diz respeito à inclusão de pessoas com deficiência visual no mercado de trabalho. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, elas ocupam apenas 1,07% das vagas formais — apesar de representarem 6,7% da população. Em julho de 1991, a legislação brasileira deu um passo importante para o exercício da igualdade constitucional ao aprovar a Lei 8.213, mais conhecida como Lei de Cotas, em resposta às desiguais oportunidades de trabalho e socialização vivenciadas por pessoas com deficiência, por meio da obrigatoriedade de empresas com mais de 100 funcionários destinarem entre 2% a 5% de suas vagas para PCDs, de acordo com o número de empregados de seu quadro. A deficiência visual é a mais comum entre os brasileiros, alcançando 3,4% da população, o que equivale a 6,5 milhões de pessoas. Pelo mundo, Diálogo no Escuro empregou mais de 8 mil pessoas com deficiência visual.

Serviço
Exposição “Diálogo no Escuro”
Quando: De 13 de abril a 30 de julho.
Onde: Museu Histórico Nacional – Praça Marechal Âncora S/N, Centro, próximo à Praça XV.
Entrada: Gratuita.
É necessário ter mais de 8 anos para ter acesso à exposição. Crianças com menos de 12 anos precisam estar acompanhadas dos pais ou responsáveis.
Agendamentos para grupos pelo e-mail: rio@dialogonoescuro.com.br

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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