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Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes honra a experiência de jogar D&D

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Dungeons & DragonsPor anos o RPG, Dungeons & Dragons, ficou esquecido como hobbie de um grupo muito fechado, contudo foi lentamente voltando aos holofotes. O sucesso das mesas de RPG na Twitch, como o Critical Role, e a influência criada por “Strangers Things” trouxeram o RPG de volta.

 Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes começa com Edgin e Holga (Chris Pine e Michelle Rodriguez) presos em uma prisão congelada, o que já é o primeiro easter egg do filme. A prisão provavelmente é Revel’s End, uma torre no extremo Norte que prende espiões e criminosos políticos em Forgotten Realms. Obviamente, os protagonistas conseguem fugir e dão início a primeira missão do filme, reencontrar a filha de Edgin, Kira (Chloe Coleman). Chegando na cidade de Nevenunca, a dupla entra em conflito com seu velho parceiro de crime, Forge (Hugh Grant), que agora é o lorde da cidade. Novamente, os dois fogem e começam a formar uma nova equipe. Juntos do mago Simon (Justice Smith) e da druidesa Doric (Sophia Lillis), o quarteto vai resgatar Kira e derrubar o governo tirânico de Forge, que se aliou a uma Maga Vermelha, Sofina (Daisy Head).

A primeira impressão lendo essa apresentação do filme de Dungeons & Dragons é que parece muita informação para se apresentar, e é mesmo. De fato, a riqueza de informações tornou-se uma faca de dois gumes para este longa. O primeiro ato inteiro, e parte do segundo, é totalmente dedicado à apresentação do universo, seus personagens e a política do mundo e seus vilões. Por um lado, o roteiro nos encanta ao introduzir todo esse universo de fantasia complexo e rico, contudo essa experiência só é completa para aqueles que conhecem o RPG. O roteiro dedica muito tempo com cenários, como as cidade Nevenunca ou Revel’s End, e até a cidade dos elfos negros, Menzoberranzan. Mas com exceção de Nevenunca, nenhum desses nomes é apresentado, mesmo a câmera dando tempo de tela a eles.

O roteiro de John Francis Daley Jonathan Goldstein e Michael Gilio é realmente dedicado a jogadores de Forgotten Realms, pois além de localidades, os easter eggs do filme falam também de organizações e criaturas. Os mais destacados do filme são os Harpistas, uma organização que trabalha com magos e espiões para evitar o acúmulo de poder no mundo, em contra parte estão os Magos Vermelhos de Thay, os vilões deste filmes, que acumulam poder mágico e tem interesses expansionistas usando magos como arma de guerra. Outra referência maravilhosa ao material original é o dragão vermelho obeso, Themberchaud, que os personagens encontram no Subterraneo. É possível notar a riqueza de detalhes, porém, como dito, não são totalmente aproveitados pelo público comum. A única razão possível para isso, além de atrair os jogadores de RPG, é cativar novos públicos com esses elementos ricos. Por que o dragão é obeso? O que são essas raças diferentes? Que lugares são esses? Isso tudo se descobre jogando.

Dito isso, fato é, Dungeons & Dragons é, certamente, muito bom! Ele precisava de dois elementos para cumprir a experiência de uma partida de D&D: ser épico sem ser sério. Tanto o roteiro quanto direção acerta em cheio, usando a sinergia de um grupo de protagonistas que são escada um para o outro durante toda a projeção. Além disso, a coreografia das cenas de ação é muito bem executada, a personagem de Michelle Rodriguez brilha em vários momentos, e o paladino Xenk (Regé-Jean Page), ainda que aparecendo pouco, participa dos melhores momentos do filme.

Outro momento de ouro do filme é usar regras de magia, presentes nos jogos, de forma que sirvam para a trama e aos personagens. Por exemplo, normalmente quando se acha uma arma mágica é necessário sincronizar com ela, no RPG de jogam os dados e pelos testes descobrimos se podemos usar o item. Aqui o roteiro adapta essa jogada de dados em uma experiência de desenvolvimento do personagem. Em vários outros filmes, combates com magia se resumem a pessoas apontando pessoas de madeira lançando raios e chamas para todos os lados. Aqui não é o caso, a magia é uma arma, sim, mas ela está intimamente ligada ao combate físico.

A produção também está incrível, com a mesma tecnologia de  Senhor dos Anéis, usando claramente elementos de CGI, mas também muitos cenários construídos, tudo é muito colorido e os cenários são diversos. Aliás, o CGI das criaturas e monstros não deixa nada a desejar, pelo contrário! E ainda faz uso de efeitos práticos de maquiagem em algumas criaturas. Importante destacar que o figurino são condizentes com os personagens, por exemplo, a roupa de Doric possui um estilingue, a de Simon tem vários bolsos para ele guardar itens mágicos.

Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes é o perfeito filme pipoca, a aventura para toda a família, mas que também satisfaz o fandom do material de origem. O roteiro deixa claro que há espaço para continuações, e uma coisa é garantida, o universo de D&D só tem um limite, a criatividade de quem o escreve.

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