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Festival Back2Black no Armazém da Utopia e no Parque Madureira

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A África surge mais uma vez, por meio de suas filhas, filhos e filhes, como o Norte e o Sul do Festival Back2Black. Nesta 11ª edição, o festival retorna com música, palestras, arte contemporânea, fotografia, teatro, moda, dança, literatura, rodas de conversa e gastronomia, desta vez, no Armazém da Utopia e no Parque Madureira.

A programação do Festival Back2Black começa na Zona Portuária no dia 25 de maio (quinta-feira), data em que se comemoram os 60 anos do Dia da África, com a série de conferências Pret’Utopias, que tem curadoria dos escritores angolanos José Eduardo Agualusa e Kalaf Epalanga.

Se quando o festival começou, em 2009, a música africana era apenas um nicho do eurocêntrico rótulo “world music”, agora, ela pertence ao mainstream lotando estádios e circulando pelos grandes festivais e festas das grandes metrópoles. Antenado com tudo isso, o Back2Black traz ao Brasil, de forma inédita dentre os festivais do país, as novas sonoridades festivas que estão influenciando a música Pop: os afrobeats (ou afropop), uma gama de ritmos eletrônicos diversos criados nas década de 2000 e 2010 que têm, em sua essência, batidas de matrizes africanas; e amapiano, ritmo eletrônico que, hoje, é considerado o “novo deep house” .

O Festival Back2Black volta a trazer alguns expoentes de estilos musicais africanos já consagrados, como o jùjú, e o politizado afrobeat original, criado pelo gênio nigeriano Fela Kuti na década de 60, influência, inclusive, para os afrobeats.

No dia 26 (sexta), o Palco Orun é do rapper Emicida, que une seu flow com a musicalidade entre o R&B e os ritmos populares cabo-verdianos — como a morna, o funaná e o batuku — que o músico, compositor e ativista Dino d’Santiago (Portugal) herdou de seus pais. O palco também terá o multi-instrumentista, cantor e compositor Chico Brown convidando o também multi-instrumentista e compositor Mádé Kuti (Nigéria), neto de Fela Kuti – o que já deixa bem nítida a sua grande herança de família –, e que debutou em 2021 com o álbum “For(e)ward”. Também estarão presentes as batidas do renomado DJ, compositor e produtor de hip-hop James BKS (França), o filho do celebrado saxaofonista camaronês Manu Dibango (morto pela Covid em 2020) que une o seu talento com os beats à batida tradicional de povos originários camaronenses como o Douala, o Bulu e o Bikutsi – tendo com resultado o álbum “Wolves of Africa (Part 1/2)”, do ano passado. No Palco Aiye, As picapes da bombada DJ e produtora DBN Gogo (África do Sul), demonstrará o que fez o ritmo eletrônico amapiano se tornar, hoje, a nova queridinha dos clubs; e, em versão Sound System, o movimento cultural carioca Okupiluka, que divulga arte e música africanas em suas festas nas zonas Norte e Central carioca.

No dia 27 (sábado), os destaques do palco Orun são o músico e cantor Salif Keïta (Mali). Também conhecido como a “voz de ouro da África”, o ex-integrante do lendário grupo africano Les Ambassadeurs e também ativista por mais respeito e dignidade às pessoas com albinismo realiza apresentações memoráveis por onde passa ao entoar o seu som solar que une a musicalidade tradicional do povo mandinga com R&B, funk e jazz fusion. O palco também tem, pela primeira vez no Brasil, a cantora e compositora Tiwa Savage (Nigéria) com a sua musicalidade inspirada nos grandes nomes da Black Music dos anos 1990, como Mary J. Blige e Chaka Khan; e mais o furacão do pop brasileiro, Iza, com um show exclusivamente feito para a noite especial; e a suavidade romântica da jovem revelação baiana que saiu das redes sociais para o mundo, Agnes Nunes. No Palco Aiye, a cantora e compositora baiana Sued Nunes demonstra a sua ancestralidade e vivência através de suas canções carregadas de axé; o cantor, compositor e instrumentista brasiliense Hodari demonstra seu R&B romântico-erótico com pitadas de funk; e as carrapetas da carioca DJ Tamy garantem os grooves na pista.

Já no dia 28 (domingo), o festival aporta em um importantíssimo bairro negro do Rio, Madureira, e promove um grande intercâmbio musical entre África x Brasil. Além de tudo disso, durante o festival, também será lançado o Instituto Back2Black, para promover residências entre artistas africanos e afrobrasileiros, desenvolver trabalhos com refugiados e ampliar as vozes das comunidades quilombolas. As tendas e barracas da Feira Preta também apresentarão, de forma bem didática, a história e a riqueza por trás de criações gastronômicas africanas e afrobrasileiras, já que a fome nunca, jamais foi negra.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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