International Uranium Film Festival na Cinemateca do MAM

De 18 a 28 de maio, o International Uranium Film Festival acontecerá mais uma vez no Rio de Janeiro, na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio (MAM Rio). O International Uranium Film Festival selecionou para sua 12ª edição filmes extraordinários de 15 países. Vários filmes são estreias no Brasil.

Um dos destaques é o filme de abertura, no dia 18 de maio, Downwind, o novo documentário do cineasta Mark Shapiro, dá visibilidade à população que se encontra “na rota do vento” das 928 bombas atômicas que explodiram em Nevada, entre 1951 e 1992. O filme conta com a participação de estrelas como Martin Sheen, Lewis Black, Michael Douglas e outras personalidades conhecidas.

Outro destaque é o filme Radioactive: The Women of Three Mile Island, de Heidi Hutner, sobre o pior acidente nuclear da história dos Estados Unidos, com o derretimento parcial do reator da usina nuclear de Three Mile Island, na Pensilvânia, em 1979. O filme apresenta várias ativistas, incluindo a famosa atriz Jane Fonda. Aliás, Downwind e Radioactive: The Women of Three Mile Island estão indicados ao prêmio de melhor documentário do festival. Além disso, para apresentar os dois filmes, o festival recebe a convidada especial de Los Angeles, Libbe HaLevy, produtora e apresentadora do podcast semanal “Nuclear Hotseat” que recebeu recentemente o Nuclear-Free Future Award.

O terceiro destaque e também candidato ao prêmio do festival é o bem-humorado documentário “Inter-Continental Bunker Mission (I.C.B.M.)” do jovem cineasta sueco-coreano Julian Vogel que pretende vir ao Rio apresentar seu longa pessoalmente. Julian quer abrir os olhos dos mais jovens, público pós-Guerra Fria, para a ameaça implacável que a energia e armas nucleares representam para a nossa sobrevivência como espécie, desde a sua criação, há 78 anos atrás.

Todos os filmes são sobre energia nuclear, desde mineração de urânio até acidentes nucleares e guerra nuclear, e olham para isso de diferentes perspectivas. E a perspectiva das mulheres sobre a energia nuclear é um foco especial do festival deste ano. Dos 16 filmes selecionados, cinco são dirigidos por mulheres. Dois destes filmes tratam dos movimentos de mulheres e seu ativismo. O filme “Sew to Say” (Costurar para Dizer), da espanhola Rakel Aguirre, mostra a história do acampamento de paz na Inglaterra, ocupado somente por mulheres durante 19 anos em protesto contra as armas nucleares.

No seu último dia (domingo, 28 de maio), o festival fecha com feminismo e com um filme da arte de vanguarda japonesa sobre o acidente nuclear de Fukushima: “Um Corpo em Fukushima” da famosa artista de dança Eiko Otake. A artista visual carioca Ana Alves apresentará o filme que encerrará o 12º Uranium Film Festival Rio de Janeiro.

Uranium Film Festival este ano é apoiado pelas Embaixadas da Suécia e da Espanha e seus Consulados no Rio. Recebe apoio cultural em Santa Teresa do Armazém São Thiago e Esquina de Santa, Bar do Mineiro, Cachaça Magnífica de Faria e Hotel Villa Franca. Também, como nos últimos anos, conta com a colaboração da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro FAETEC.