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“Leci Brandão – Na Palma da Mão” no Teatro João Caetano

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LeciPara reverenciar a vida e a obra de Leci Brandão, o diretor Luiz Antonio Pilar leva ao palco do Teatro João Caetano, a partir do dia 7 de abril, o musical “Leci Brandão – Na Palma da Mão”, com texto do jornalista e escritor Leonardo Bruno. O espetáculo estreou em janeiro deste ano no SESC Copacabana, onde teve todas as suas sessões esgotadas.

As atrizes Tay O’Hanna e Verônica Bonfim interpretam Leci Brandão e sua mãe, D. Lecy, respectivamente, e Sérgio Kauffmann representa personagens masculinos presentes na vida da cantora, como o líder comunitário Zé do Caroço, inspiração de uma de suas músicas mais famosas. A narrativa é construída a partir da relação muito forte entre mãe e filha até a morte de D. Lecy, aos 96 anos, em 2019.

“O espetáculo é contado sob o ponto de vista da mãe, referência maior na vida de Leci. São reminiscências dela. No espetáculo, às vezes a mãe canta canções significativas do repertório da Leci para a Leci. Aliás, em “Das coisas que mamãe me ensinou”, fizemos uma alteração na letra ‘tudo isso é resultado das coisas que sua avó (ao invés de mamãe) me ensinou’: a avó da Leci ensina pra mãe, que ensina pra Leci e Leci deixa seu legado. O objetivo foi construir um espetáculo cujo arcabouço mostrasse toda a tradição familiar e religiosa, o respeito e a educação de uma família preta, que a Leci traz”, resume o diretor Luiz Antonio Pilar.

O texto de Leonardo Bruno marca sua estreia no universo teatral: “Para a pesquisa que eu havia feito para o livro “Canto de Rainhas” já me chamava a atenção como ela era muito avançada para a época. Os cinco primeiros discos, lançados na segunda metade dos anos 70, falam de coisas que estamos discutindo agora – mulheres, negros, LGBT, desigualdade social e por aí vai. E ainda foi corajosa ao romper com a gravadora que queria lhe impor repertório. As letras dizem muito sobre quem ela é, falam da sua história de vida, facilitou muito na hora de escrever”, conta.

A simbologia do Candomblé, muito presente na vida da artista, é um dos fios condutores da dramaturgia. Filha de Ogum e Iansã na religião africana, Leci passou cinco anos sem gravar desde que se afastou da Polygram, por não aceitar reescrever suas letras. Em uma consulta às entidades no terreiro, ouve que tudo ficará bem. Ela assina com uma gravadora nacional, grava um disco com seu nome e estoura. Em agradecimento, todos os seus discos a partir de então tem uma saudação a um Orixá. “O espetáculo está estruturado dessa forma. A primeira saudação é para Exu, para abrir os caminhos. A todo momento esses Orixás vêm e assim vamos alicerçando a cena”, explica o diretor.

O espetáculo não tem uma linha cronológica e faz algumas licenças poéticas. “Minha intenção maior foi sempre integrar a música, o figurino e o cenário numa coisa só, uma concepção global, em que tudo se relaciona”, conta o diretor.

SERVIÇO:
Temporada: de 07 a 29 de abril de 2023 – sexta, às 19h e sábado, às 18h
Local: Teatro João Caetano (Praça Tiradentes, s/n – Centro)
Ingressos na bilheteria ou em https://funarj.eleventickets.com/
Duração: 80min
Classificação indicativa: 14 anos

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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