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Super Mario Bros: Adaptação para os cinemas é pura nostalgia

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As lendas contam que em uma Era longínqua, no ano de 1993 existiu a primeira adaptação de um videogame para o cinema, e assim foi criada a maldição que condenou todos os filmes de games a atuações tenebrosas, roteiros horrendos e produções inomináveis. Ainda assim, os fiéis de Super Mario Bros acreditavam que um dia, um novo filme do Encanador viria. Em 2023, isso, enfim, aconteceu!

Super Mario BrosNão tem outra forma de falar de Super Mario: O Filme, o live action de 1993, um filme tão ruim que a Nintendo desistiu totalmente de fazer versões de seus produtos com Hollywood. Mas agora podemos celebrar e glorificar de pé, pois eu vos digo, caro leitor, Super Mario Bros.: O Filme é, de longe, uma das melhores adaptações de um videogame para o cinema. Não é que todos os filmes de games foram ruins desde então, só a maioria esmagadora deles, contudo nos últimos anos mais e mais adaptações boas têm surgido.

Recentemente houve a série da HBO, “Last of Us”, baseada no sucesso do Playstation, e em 2019 a Nintendo se arriscou no cinema novamente com Pokémon: Detetive Pikachu, baseado em um jogo menor da franquia Pokémon, que fez relativo sucesso. E agora com o filme de seu famoso jogo dos anos 90, “Super Mario”, a Nintendo fez um acerto sem igual.

O primeiro ponto alto de Super Mario Bros: o Filme é a dublagem nacional, que, certamente, é um dos excelentes pontos do filme. Temos Raphael Rossatto e Manolo Rey como Mario e Luigi, Carina Eiras como a Princesa Peach e Márcio Dondi como Bowser. Aliás, Toda a adaptação da dublagem é muito boa, sendo inclusive adaptada para o humor brasileiro, o que funciona perfeitamente. Um destaque especial para Dondi que conseguiu cantar no mesmo estilo que Jack Black cantaria, não deixando a piada perder a força.

O segundo ponto fundamental é a música. A trilha sonora original feita pelo Bryan Tyler, traz a cena músicas Pop como “Take On Me” do A-ha e “Holding Out for a Hero” de Bonnie Tyler , grandes sucessos dos anos 80 e 90. Porém, essas músicas são o único problema do filme, ficando meio jogadas ali, e não chegam aos pés do trabalho que Bryan Tyler fez com a trilha.

Os temas de Super Mario, criados por Koji Kondo, sempre foram uma das principais características do jogo, não apenas no sentido musical, como também nos efeitos sonoros dos jogos. no longa, Tyler resgata esses temas em 8 bits e os renova em orquestra e uma roupagem épica. De imediato você reconhece exatamente o tema que ele está tocando, e você sente a grandiosidade da orquestra enriquecendo ainda mais o filme.

Já o roteiro, poderia dizer que ele é perfeito! Em menos de duas horas, tempo suficiente para agradar o filme infantil, (sim é assim que o Super Mario Bros: O filme está sendo vendido! Acredite se quiser! ),  o roteiro de Matthew Fogel conseguiu não apenas sintetizar a imensa franquia Mario, com não apenas “Super Mario”, mas também com “Super Mario Kart”, “Donkey Kong”, “Luigi’s Mansion”, além de micro referências como o Mario Bebê, o design original do primeiro Mario, e até o tão sofrido Yoshi.

Aliás, tudo tem seu tempo!  Ponto alto para o desenvolvimento dos personagens. A Princesa, que nos jogos não faz praticamente nada, tem um crescimento incrível no longa. Ela é uma líder guerreira do reino cogumelo, que bate de frente com o Bowser. Já Luigi é posto como o irmão atrapalhado do Mario, usado de alívio cômico, mas que possui seus momentos épicos também. Os gorilas do Reino da Floresta, incluindo seu príncipe, Donkey Kong, foram incluídos de forma magistral na trama.

Outro esperteza do roteiro, e também da direção de Aaron Horvath e Michael Jelenic, é adaptar a aventura bidimensional dos games, em combates tridimensionais, todavia filmados para simular duas dimensões. Como as caixas misteriosas e os potencializadores são usados de forma criativa como também como recurso cômico. Além disso, todas as formas de poder de Mario são referenciadas, com Mario Gato, Guaxinim, de Capa, o Cogumelo Vermelho e o Azul, e, é claro, com a Estrela do Poder.

A Nintendo e a Illumination, certamente, conseguiram produzir não apenas um longa bonito, cheio de cores e engraçado para todas as idades, mas também uniu todas as gerações de jogadores, do primeiro “Donkey Kong” até o recente “Super Mario Maker”! Você sai da sala de cinema querendo ver de novo!

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