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Arte Sesc abre exposição sobre signos ancestrais

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O Espaço Cultural Arte Sesc apresenta a exposição “ÀMÌ: Signos Ancestrais”, com pinturas, esculturas e serigrafias que jogam luz sobre os significados dos cultos de matrizes africanas. Além disso, a exposição conta com mais três trabalhos oriundos do espólio da família de Emanoel Araújo e que ficam sob os cuidados da galeria Simões de Assis de São Paulo. As demais peças da exposição são trabalhos comissionados para a exposição assinados por Raphael Cruz e Guilhermina Augusti.

O espaço receberá treze obras assinadas por Guilhermina Augusti, Raphael Cruz e Emanoel Araújo – artista plástico baiano falecido ano passado, um dos principais nomes das artes do país e fundador do Museu Afro Brasil, em São Paulo. A mostra será aberta com show do pianista Jonathan Ferr, um dos maiores nomes do Jazz brasileiro na atualidade. A entrada é franca.

O nome da mostra – “ÀMì” – vem da língua yorubá e significa “símbolo”. Ela era falada pelo povo de mesmo nome escravizado e comercializado na Costa dos Escravos e trazido ao Brasil na diáspora africana no século XIX. Antes residente abaixo do deserto do Saara, o povo nagô, como ficou conhecido no Brasil, possuía uma riqueza de ritos, cultos e pensamento matemático que acabaram sendo incorporados ao Brasil como parte da cultura nacional.

“Estimulados pela obra de Emanoel Araújo, constante da Coleção Arte Sesc, percebemos um jogo dual que o grande artista nos propunha. Por um lado, a geometrização abstrata, formal; por outro, cores que se relacionam aos cultos afro-brasileiros. Decidimos, então, seguir esta rota, perguntar ao presente sobre o legado deixado por Araújo nas criações mais recentes”, explica o curador Marcelo Campos, fazendo referência aos artistas convidados, Guilhermina Augusti e Raphael Cruz, nomes da nova geração cujos trabalhos dialogam em significado com a obra de Emanoel.

  Nascido e criado no bairro de Irajá, Zona Norte do Rio, Raphael Cruz passeia pela pintura, fotografia, performance e escultura. Suas obras são consideradas uma continuidade orgânica da arte clássica africana em linguagem contemporânea conectada à tríade forma, cor e ritmo – em correlação a signos sacros afrodiaspóricos. Após residência em Berlim, na Alemanha, teve seu trabalho exposto na mostra Nova Vanguarda Carioca, com curadoria de Gringo Cardia, ano passado, na Cidade das Artes (veja abaixo mais sobre Raphael Cruz).

Chamado de “Garoto estandarte do jazz” pelo jornal El País, o pianista carioca Jonathan Ferr é um dos nomes mais celebrados da nova geração do jazz brasileiro. Chamou a atenção do Brasil e do mundo ao transformar o jazz em um gênero mais acessível para as audiências mais populares, valendo-se de influências como o hip-hop, o soul e até o baile funk.

Na abertura da exposição, o artista apresenta músicas de seu mais recente álbum “Cura”, que entrou em várias listas de melhores álbuns. O conceito de música medicina está presente em um mergulho profundo no desconhecido, com canções que buscam curar através desta experiência única.

SERVIÇO
Exposição ÀMÌ: Signos Ancestrais
Período: 02/05 a 31/10/2023
Visitação: Segunda a sábado, das 12h às 19h – até 31/01/2023
Entrada franca
Mais informações em www.sescrio.orb.br

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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