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Diretor Alexandre Mello comemora 35 anos de carreira com o documentário Vórtice

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Diretor, curador artístico, ator e preparador de elenco, Alexandre Mello é, acima de tudo, um estudioso e exímio observador do espaço psico-físico em que os artistas habitam para exercerem o ofício. A partir desse olhar que ele extrai o melhor de quem passa pelas suas mãos. Atores como Ícaro Silva, Rafael Sardão e Ticiana Passos são alguns exemplos.

“Desde cedo tive uma necessidade de entender o corpo, trabalhar o espaço, o campo da ação. Os lados de dentro e de fora, pesquisar linguagens”, explica Alexandre, que, há oito anos, comanda o ateliê que leva seu nome em Laranjeiras, onde também vive.

Lá, diariamente, ele treina seus alunos com escuta atenta, perspicácia e concentração, em processos que foi desenvolvendo e aprimorando nestes 35 anos de carreira, que incluem imersões artísticas na Itália e Dinamarca.

A turma, só de atores profissionais, é eclética e mistura jovens de 20 anos e atores mais experientes. Essa rotina impressionou muito a autora Julia Spadaccini. Após conduzir com Alex uma das oficinas com os atores no ateliê, ela decidiu documentar todo o processo, o que originou o filme Vórtice, que estreia dia 23 de maio no Estação Net Rio, em Botafogo, às 21h.

Juntos, Julia e Alex, que são amigos de longa data, somam muitos trabalhos em teatro — como as peças “Quebra Ossos”, indicada ao Prêmio Shell de melhor texto, e “Um Dia Qualquer”, que também concorreu ao Prêmio APTR de melhor texto. “Esse curta é a minha homenagem a ele, à sua história, a esse homem de teatro, de quase 60 anos, que tem mais de 30 anos de carreira. O Brasil é um país sem memória, né? Quando estive com ele na sua casa-teatro, pensei que o trabalho dele precisava ser documentado. Alex está ligado na transformação de artistas, na arte em sua raiz”, conta Julia, que filmou com o próprio celular, em quatro dias, o dia a dia do diretor e seus alunos.

Nas imagens, é possível acompanhar um dia inteiro na vida de Alexandre, desde a hora que acorda até o cair da noite. Ele se exercita, conversa sobre arte, suas influências, as centenas de livros que conserva na biblioteca e, claro, as técnicas que desenvolve com os alunos e a troca que eles têm.

“É curioso. Há atores mais experientes que chegam aqui cheios de vícios e mais defendidos. Já os novos têm uma relação diferente com a informação. Podem não ter referências, mas pesquisam tudo muito depressa e já resumido”, relata. Alex só assistiu ao resultado dessa empreitada cinematográfica há pouquíssimo tempo e confessa que ficou encantado com o retrato que Julia fez do cotidiano dele. “Ela sempre teve um olhar sobre mim desprovido de preconceito, a gente sempre foi muito sincero um com o outro. Acho que isso refletiu no curta”, diz.

Aliás, no Estação Botafogo, no mesmo dia, serão exibidos outros dez curtas produzidos com os alunos na mesma oficina que despertou o olhar de Júlia para rodar, inundada pela arte, “Vórtice”.

Serviço
Vórtice. Estação Net Rio. Rua Voluntários da Pátria 35, Botafogo. 23 de maio, terça, às 21h. Contribuição consciente: valor sugerido (R$ 20)
Curtas do Ateliê. Estação Botafogo. Rua Voluntários da Pátria 88, Botafogo. 23 de maio, terça, às 20h. Contribuição consciente: valor sugerido (R$ 20)

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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