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Orquestra Sinfônica Brasileira celebra a cultura musical da Itália

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A Itália é a grande homenageada dos concertos da Série Mundo que a Orquestra Sinfônica Brasileira leva ao palco da Sala Cecília Meireles nos dias 13 e 14 de maio. Tendo como regente convidado o maestro Gonzalo Hidalgo, a OSB apresentará obras de João Rocha, Alfredo Casella e Felix Mendelssohn. O violinista italiano Domenico Nordio é o solista convidado tanto para a récita de sábado quanto para a de domingo, que será no formato Concertos para a Juventude.

Descrita pelo próprio compositor como um “painel sinfônico”, Os Jardins das Praias de Santos, de João Rocha, é uma obra emocionante que evoca a experiência de uma caminhada pelo famoso cartão postal da cidade do litoral paulista. A peça é dedicada ao santista Gilberto Mendes e é uma das primeiras composições orquestrais de João Rocha. Com muita criatividade e lançando mão de uma amplitude de timbres e cores, o compositor traduz orquestralmente os sons e movimentos que ao longo da orla da praia se somam ao rumor do oceano Atlântico, promovendo assim uma reciprocidade comovente entre música e paisagem.

Da orla santista o programa embarca para a Itália, com o intenso Concerto para Violino em Lá menor, Op. 48, do turinense Alfredo Casella. Composta no ano de 1928 e dedicada a Joseph Szigeti (o que talvez justifique o alto grau de dificuldade técnica que o concerto impõe ao solista), a obra é uma das mais importantes criações de Casella, mas caiu no esquecimento do público após uma estreia muito bem-sucedida. O concerto abre em clima de introspecção, com um “Mosso–Grave, quasi funebre” que depois se converterá em um “Allegro molto vivace”. Já nesse primeiro movimento o violinista é colocado diante de uma desafiadora cadenza, que ressalta todo o esplendor expressivo e virtuosístico do instrumento. No “Adagio”, que é tocado logo em seguida, sem pausas, a atmosfera sombria permanece, reforçada sobretudo pelo tratamento melancólico dos sopros. Após uma cadenza misteriosa, o movimento desemboca em um vigoroso e inflamado rondó que encerra a obra em nota positiva.

O compositor alemão Felix Mendelssohn era não apenas um compositor prolífico e imaginativo, mas também um homem sensível à força das paisagens e das culturas estrangeiras. Sua estadia na Escócia, em 1829, rendeu uma série de esboços impressionantes e o inspirou a compor a Sinfonia No. 3, apelidada, por isso, de “Escocesa”. Encantado com uma viagem que fizera à Itália entre 1830 e 1831, Mendelssohn escreveria uma de suas obras mais conhecidas: a Sinfonia No. 4, em Lá Maior, ” Italiana”. A composição irrompe em clima solar e festival, com um “Allegro Vivace” na tradicional forma-sonata. O “Andante con moto”, segundo movimento, é uma marcha chorosa e intimista, que contrasta com a graciosidade quase primaveril do minueto que a segue. É no “Presto”, que o sabor italiano da sinfonia se revela. Combinando o vigor do saltarello e da tarantela, Mendelssohn garante ao finale muita energia e entusiasmo.

SERVIÇO:
Série Mundo Itália
Dia 13 de maio (sábado), às 19h
Série Mundo Itália – Concertos para a Juventude
Dia 14 de maio (domingo), às 11h
Local: Sala Cecília Meireles (Rua da Lapa, 47 – Centro, Rio de Janeiro)
Ingressos à venda na bilheteria da Sala Cecília Meireles e no site Eleven Tickets

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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