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Al Farabi, bar e sebo icônico do Centro da Cidade, reabre as portas

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A tão aguardada e desejada revitalização do Centro do Rio de Janeiro acaba de ganhar um reforço de peso: a reabertura do querido e icônico Al Farabi. O antigo bar e sebo, reduto de intelectuais e artistas cariocas, foi ponto de encontro certeiro em um dos bairros mais charmosos da cidade. A abertura oficial da nova casa aconteceu dia 6 de junho, com o Al Farabi operando em modo de ensaio de abertura, e agora localizado na borbulhante Rua do Mercado.

Por trás do empreendimento estão duas mulheres, as sócias Evelyn Chaves e Cândida Carneiro, e o desejo de trazer de volta o espírito do bom e velho Al Farabi. Ao cardápio retornam antigos sucessos da casa, como o bobó de camarão (R$39 uma pessoa/ R$75 para duas), e a feijoada (R$39 para uma pessoa/ R$78 duas) sagrados das sextas e sábados.

Haverá também uma programação cultural intensa, com rodas de samba semanais e eventos literários, sob a curadoria do historiador Luiz Antônio Simas. O espaço multicultural, que inclui um sebo com romances e obras literárias ligadas ao campo das humanidades, também vai receber exposições de artistas, eventos gastronômicos, entre outros. “Estamos muito animadas e ansiosas para trazer de volta esse espaço tão vivo e importante para a cena cultural carioca”, afirma Evelyn.

Maomé Alfarábi foi um filósofo árabe que influenciou uma gama de filósofos muçulmanos na Idade Média, e era interessado tanto por química, ciências naturais e física, quanto por ética, ciência política e filosofia da religião. De seu nome derivam as palavras alfarrábio, referente aos livros antigos, e alfarrabista, que designa os sebos, ou pessoas que vendem ou trocam livros usados.

Aberto em 2004, o Al Farabi foi inicialmente um sebo, porém, para contornar a crise que se abateu sobre as livrarias com a expansão das vendas pela internet, em 2007, a casa assumiu este formato híbrido de bar e loja de livros usados. Aos poucos, e com os muitos eventos que animavam o lugar, como as rodas de samba de 3a a 6a e as feijoadas aos sábados, o Alfa tornou-se uma conhecida e badalada casa na Rua do Rosário, Centro da Cidade.

Sempre focado na boa culinária brasileira, chegou a ser conhecido pela sua extensa carta de cervejas artesanais, com mais de 80 rótulos. Com a crise econômica que assolou o país em 2015, e se prolongou por anos a fio, o estabelecimento passou por dificuldades até fechar, em janeiro de 2017. Contudo, a sócia Evelyn Chaves, carioca e historiadora ligada ao setor cultural, nunca desistiu do sonho de reabrir o estabelecimento, e foi assim que decidiu unir forças com a outra sócia da casa: Cândida Carneiro, sua amiga de longa data. As duas já faziam parte da história do Alfa. Cândida, que é farmacêutica, está inclusive desenvolvendo uma marca de cerveja artesanal própria para a casa.

O Al Farabi está repaginado, sem deixar o seu histórico charmoso de lado. Suas instalações privilegiadas dão acesso a dois pátios, onde ficam as mesinhas ao ar livre: um dianteiro, na badaladíssima Rua do Mercado, e um traseiro no charmoso Boulevard Olímpico, este colado ao tradicional restaurante Rio Minho. O ambiente interno é cercado de belos móveis em madeira e estantes de livros usados, conferindo um clima aconchegante à casa.

Al Farabi
Foto: Lipe Borges

Criado com a consultoria do chef Rogério Germano, o cardápio do Alfa terá almoço com pratos tradicionais da culinária brasileira, retomando clássicos da antiga casa, como o picadinho carioca (R$45/ carne picada na ponta da faca, molho roti, farofa de alho, arroz branco, ovo pochê e banana assada). Uma suculenta costelinha de porco assada (R$41), servida com barbecue de maçã e salada de repolho roxo e fritas é uma das novidades do menu.

Além disso, aas sextas e sábados especiais entra em cartaz, clássicos já consagrados, como o bobó de camarão, servido com farofinha dendê e arroz branco, e a feijoada tradicional com carne seca, lombo, rabo, paio e linguiça, acompanhado de arroz branco, couve, e laranja. há também pratos vegetariano com a lasanha de berinjela, e filé de peixe, e camarão. Os especiais podem ser pedidos na porção individual ou para duas pessoas. Para acompanhar o chope gelado da Estrela Galícia, uma vitrine na porta do Al Farabi chama atenção com opções de 100g acompanhado de torradas. Têm mix de azeitonas temperadas (R$11); salada de ovos com bacon (R$12); punheta de bacalhau (R$18); jiló assado com tomate confitado (R$11); vinagrete de polvo (R$25); entre outros bons petiscos. de terça a quinta-feira, um menu executivo que muda toda semana.

Além de oferecer clássicos dos botecos como caldinho de feijão (R$15), bolinho de bacalhau (R$9 – un), e croquete de carne louca (R$9 – un). De sobremesa, pudim de leite (R$21), torta de chocolate (R$25) e fruta do dia (R$18). Além do chope sempre gelado, há também cerveja em garrafa (600ml), como é de praxe ao mundo boêmio do Centro da Cidade. A carta de vinhos foi criada em parceria com a importadora Gran Cru, e os drinks do Alfa são da marca paulistana Apotek.

Como de hábito, o Alfa não chegará de mansinho, mas será um espaço para trocas diversas, vivo e acolhedor. A casa terá uma programação de eventos literários, além das rodas de samba semanais, que prometem agitar ainda mais o Centro da Cidade. Exposições de artistas, com a venda de suas obras no local, também farão parte da dinâmica do Alfa, um espaço voltado para a cultura em sua essência: das artes plásticas à música, da literatura à gastronomia.

O Al Farabi fica na Rua do Mercado, 34, próximo ao Metrô: Estação Carioca.

*Valores sujeito à alteração

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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