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Elementos leva diversidade e a questão dos refugiados as telonas

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Os Estados Unidos fizeram parte de um dos maiores eventos migratórios do mundo, tanto no século XIX quanto no XX, a imagem dos navios migrantes chegando à Estátua da Liberdade em busca do sonho americano é muito presente no imaginário de muita gente (ainda). O novo longa da Pixar, Elementos, começa de forma similar quando o senhor e a senhora Luz chegam na cidade Elemento. Lá eles criam sua filha, Faísca, e criam toda uma vida nova desbravando um lugar totalmente longe do país, sua cultura.

O tema diversidade tem sido cada vez mais presente na Pixar, porém por razões diferentes. Zootopia foi um grande sucesso que tratou da questão da diversidade, mas a grande diferença de Elementos é que ele liga diretamente com a questão da diversidade cultural com a questão da geopolítica cultural. A Europa tem sido um porta seguro para milhões de imigrantes vindos de países diversos, especialmente do Oriente Médio.

Elementos Ainda que o longa não tenha um apelo da guerra, o espírito de todo processo migratório de Brasa e sua esposa, dublados no Brasil por André Mattos e Marisa Orth, invoca muito a imagem de refugiados. Em Elementos, a família Luz é recusada em vários locais, o que faz com que eles construam um negócio de vendas, um lar, totalmente do nada. Não à toa, sua filha Faísca sabe a importância disso tudo, e sente a pressão para assumir a loja da família.

O problema de Faísca é que ela não tem tato nenhum com clientes, até ela conhecer o Gota. O roteiro é excelente na forma em que ele vai construindo os personagens através da história e do desenvolvimento do romance de Faísca e Gota. Aliás, Elementos é o primeiro filme dirigido por Peter Sohn, que fez um trabalho muito bom, principalmente em causar empatia e conexão do público dentro da questão migratória.

O romance de Faísca e Gota, dublados por Luiza Porto e Dláigelles Silva, é o clássico romance impossível, que foi representado em vários e vários filmes. Portanto o resultado é um tanto óbvio, todavia é muito prazeroso como eles vão se desenvolvendo como casal e conseguem achar um equilíbrio para realmente estarem juntos. E são um casal muito fofo!

Os efeitos da animação são excelentes, mantém a qualidade altíssima que a Pixar sempre oferece. A cidade é totalmente orgânica para os cidadãos principais. Quando Faísca sai do Bairro do Fogo, ela sente o desconforto de estar num lugar que parece não querer ela ali. Outra referência óbvia dentro do filme é que a cidade Elemento é Nova York, não apenas pela aparência, mas também pela forma que os bairros são elaborados, com referencias aos bairros de Little Italy e Chinatown. Além disso, outro ponto que chama muito atenção são as cores. Como o filme tem como personagens os quatro elementos da natureza, a arte abusa da maior diversidade de cores que puder.

Nos últimos anos, a Pixar tem criado filmes esquecíveis, muito lindos e bem feitos, mas que são esquecidos com o tempo. Elementos tem tudo para ser diferente, pois o mundo vive um momento de hiper diversidade cultural, afinal, tanto os EUA quanto o Brasil são países formados por imigrantes. E essas diferenças apenas tornam o povo mais forte!

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