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Marcos Roberto expõe trabalhos produzidos durante sua residência na Inclusartiz

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Marcos Roberto expõe trabalhos produzidos durante sua residência na Inclusartiz. Artista autodidata, Marcos Roberto é ex-operário de Bauru e começou a trabalhar com apenas 13 anos. Desde 2018 passou a viver da arte e suas obras resgatam justamente materiais que usava quando trabalhou como operário em uma fábrica de placas de sinalização.

Marcos RobertoExposição apresenta 18 obras feitas em chapas de aço que simulam folhas de cadernos – elas dão vozes a vidas marcadas pelas questões críticas contemporâneas como racismo, desigualdade social e falta de acesso à cultura, já que a nossa história foi contada por homens brancos

Esse ano, o artista foi convidado pelo Instituto Inclusartiz para ser seu novo residente. O resultado do que produziu durante esse período no Rio de Janeiro estará exposto na Galeria Movimento, na Gávea, a partir do dia 3 de junho. Trata-se da exposição inédita “Páginas para um Tempo em Branco”, onde o artista aborda a crítica política e social explícita – ele reproduz seus desenhos dos cadernos da infância em chapas de aço, pintada com tinta óleo, como uma forma de mostrar a importância da cultura na educação. Que de fato parecem uma folha de papel pautado.

Segundo o curador Lucas Albuquerque, “o pintor faz uso de três estilos visuais que se alternam entre a pintura em óleo de larga paleta cromática, o delineado em azul, ainda em óleo, que simula o desenho em caneta esferográfica, e o traço errante em grafite, que ora se projeta na forma de rasuras e rascunhos, ora em parágrafos que tecem comentários biográficos. Marcos Roberto se serve destas para condensar tempos, memórias, sonhos, desejos e relatos, cujo movimento articulado se assemelha à maneira em que transmuta a materialidade em seu trabalho: as placas em aço adquirem leveza análoga ao tecido temporal tramado por suas figurações.”

 Autodeclarado artista, ativista e antirracista, Marcos instiga através da sua arte e faz refletir sobre as mazelas da sociedade. “Minhas obras incorporam todo o conhecimento que adquiri como operário na execução do meu trabalho. Além disso, uso a arte para denunciar os abusos que a classe trabalhadora sofre, como má remuneração, falta de direitos trabalhistas e a cultura escravocrata construída no Brasil desde o tempo colonial. Na minha opinião a escola precisa formar cabeças pensantes, e o acesso das crianças a cultura e a arte é fundamental para esse processo”, afirma o artista.

Pensando nisso, o artista vai receber crianças de escolas públicas do município para conhecer suas obras e sua história, muitas delas sem acesso à cultura.

Serviço
Galeria Movimento (Rua dos Oitis, 15 | Gávea)
Abertura: 03 de junho Até 1 de julho
Telefone +55 21 3197-1331
WhatsApp +55 21 97114-3641
contato@galeriamovimento.com.br

TRAJETÓRIA

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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