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“O Homem mais inteligente da história” no Teatro Vannucci

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Sucesso de bilheteria pelos teatros do Brasil, o espetáculo “O Homem mais inteligente da história”, baseado na obra homônima de Augusto Cury, considerado o psiquiatra mais lido do mundo nas últimas duas décadas, desembarca no Rio de Janeiro.

"O Homem mais inteligente da história"Em “O Homem mais inteligente da história”, o público irá acompanhar a trajetória do cientista fictício Marco Polo, um perito no funcionamento da mente e ateu, que é desafiado pela ONU a estudar a inteligência de Jesus, o homem mais famoso da história.

“Jesus foi (e ainda é) o maior especialista no território da emoção. O homem, mestre da sensibilidade, que demonstrou doçura e que enxergou nitidamente além das profundezas da nossa delicada condição humana. Soube lidar com a dor, não se abatia”, explica Cury, que assina a adaptação do texto para os palcos, ao lado de Francis Helena Cozta.

Além da gestão da emoção, o autocontrole, a criatividade, a solidariedade, a busca da felicidade e do amor, a depressão e a violência contra a mulher são alguns dos elementos abordados em cena.

A história começa quando o renomado psiquiatra fictício Marco Polo vai a Jerusalém participar de uma reunião na ONU e é desafiado a estudar a mente de Jesus. A princípio, ele, que é um dos maiores ateus da atualidade, recusa-se, alegando não discutir religião, mas acaba cedendo. É, então, montada uma mesa-redonda, composta por intelectuais e cientistas que analisam a mente de Jesus sob a ótica da ciência, e não, da religião. “À medida que começam as pesquisas, ele se depara com coisas que ele nunca imaginava e começa a entender que o homem Jesus foi, de fato, um cara que soube gerir as suas emoções. Diante de tantas adversidades, circunstâncias, ele estava sempre pregando o bem, o amor, tentando mostrar o lado bom e sábio das coisas diante de todo o sofrimento que passou”, conta Daniel Satti, que interpreta o protagonista Marco Polo.

Aliás, o ator entrega que a obra de Cury o fez repensar muitas questões de sua vida. “O que é muito legal no espetáculo é a quantidade de reflexões que provoca no público. As pessoas ficam emocionadas. Eu e todos do elenco paramos para refletir muitas coisas. Com certeza, todos nós nos melhoramos, foi algo importante, uma transformação. São tantas as mensagens, que eu costumo dizer que alguma vai te ‘pegar’ “, aposta ele.

Aliás, nessa produção, a atriz Francis Helena Cozta encarou um desafio duplo: viver a Dra. Sofia no palco e ser parceira de Cury na adaptação do texto. “Foi um desafio escolher as partes no livro que iriam para o palco e colocar a ‘dramaturgia’ nelas. Um texto lido é bem diferente de um texto falado. Acredito que o resultado ficou incrível, pois o retorno do público tem sido muito caloroso ao dizer que imaginou as personagens (do livro) iguais às que estão na peça”, comemora ela, que traz à cena uma neurocientista que é exemplo de força. “Sofia embarca na jornada ao lado de Marco Polo para conhecer a inteligência de Jesus. Ela tem um passado muito difícil e é um exemplo de força, delicadeza e superação”, define.

Já o ator Renan Rezende se divide entre três personagens em cena: o Senador, uma autoridade que discursa durante uma assembleia na ONU, e questiona o Dr. Marco Polo; o teólogo Thomas, que participa dos estudos sobre Jesus; e o médico Lucas, que analisa como Jesus geria os seus sentimentos e emoções de acordo com as coisas que vivia.

De todos os temas abordados no espetáculo, Rezende elege um que o toca bastante. “Não tem como assistir a essa peça sem olhar para si mesmo, ainda mais a gente que está dentro dela. Gosto que o texto aborda uma questão que parece simples, mas é muito complexa: a felicidade. Por vezes achamos que a felicidade está mais presente no mundo material, ou mesmo naquela pessoa que seguimos nas redes sociais, mas a peça nos passa a mensagem que a felicidade também pode estar no mais simples dos sentimentos, ou através de um gesto cotidiano, ou mesmo dentro da gente (sem a gente ao menos perceber). Gosto de como essa e outras questões são abordadas com delicadeza e atenção”, aponta ele.

 A montagem transita entre os dias atuais e passagens bíblicas – Maria (mãe de Jesus), Paulo e Lucas entram em cena – para abordar os principais aspectos da gestão da emoção. Para o diretor Ivan Parente, esse encontro de tempos diferentes toca cada espectador de uma maneira singular

É como se as personagens dos cientistas e dos teólogos, de tanto se aprofundarem nos estudos e nos relatos do Apóstolo Lucas, sonhassem com as passagens bíblicas. Através desses sonhos e dos debates, conseguem traçar um caminho pra estudarem a mente de Jesus como ser humano. É, certamente, interessante o modo como Augusto Cury constrói essas cenas. Quando fui chamado pra dirigir a peça, achei que o encontro das personagens dos dias atuais e das passagens bíblicas poderia potencializar ainda mais a relação que o autor tenta traçar sobre a gestão emocional.

Parente aponta a abertura do diálogo como um ingrediente fundamental nessa narrativa. “Acho que a peça-chave do espetáculo está na abertura do diálogo. De como as pessoas perderam a capacidade de dialogarem, de trocarem experiências, de aprenderem umas com as outras. Tem um momento da peça em que o Marco Polo diz: ‘Estamos surdos’. A era digital nos deixou mergulhados em nossos próprios mundos, nas telas brilhantes e nos mundos falsos criados virtualmente. Como o doutor Augusto Cury diz: ‘Contemplar o belo’. Precisamos estar mais vivos no mundo real, no presente momento em que as coisas acontecem. No mundo real. Contemplando o maior presente que recebemos: a vida”.

SERVIÇO
Teatro Vannucci (Rua Marquês de São Vicente 52, Shopping da Gávea)
Sábado às 21h. Dom, às 20h30m
Classificação: 10 anos
Temporada: 3 de junho até 2 de julho
Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/82214

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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