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“O homem que esqueceu a própria música, uma autobiografia inventada” no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto

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Com texto e direção de Jefferson Almeida, a peça-show “O homem que esqueceu a própria música, uma autobiografia inventada” idealizada pelo ator Davi Palmeira investiga a relação entre memória e ficção para curar angústias vindas da infância. Em cena, vemos o confronto entre pai e filho e entre a música e a palavra

O homem que esqueceu a própria música
Foto: Paula Diniz

Todo mundo traz para a vida adulta alguma memória dolorosa da infância, algo que costuma provocar uma angústia na alma. E se fosse possível criar narrativas ficcionais que ressignificam essas lembranças e mudassem nossa percepção do presente? Essa é a proposta da peça-show “O homem que esqueceu a própria música, uma autobiografia inventada”.

Com texto e direção de Jefferson Almeida, o espetáculo reúne o ator Davi Palmeira, idealizador do projeto, e o ator e músico Thiago Thomé em cena para investigar a relação entre memória e ficção e as possibilidades de modificar nossa autoimagem no presente.

Com direção musical e canções originais de Renato Frazão, o espetáculo é guiado pela música e inspirado em lembranças do ator Davi Palmeira e a (não)relação dele com o seu pai. Em cena, vemos um pai e seu filho, que vivem juntos, mas não conseguem criar uma ligação de cumplicidade. O pai, que se manifesta exclusivamente pela música, não quis ser pai, enquanto o filho não se vê no pai.  A obra reflete sobre um pai que é ausente, mas vive ao lado; sobre o masculino e o feminino; o ator e o performer.

Além disso, durante a temporada, a exposição “Diálogos bordados com o pequeno Davi”  reúne fotos da infância de Davi Palmeira bordadas pelo próprio ator, como se transformassem o momento do clique e, consequentemente, o passado.

“Inserimos elementos ficcionais em nossa biografia o tempo todo e, mesmo que sem sentir, o movimento interno é o de alterar a percepção do outro sobre a nossa realidade. E se, intencionalmente, nos propuséssemos a alterar a percepção que temos de nós mesmos? Recontar nosso passado se apresentaria, assim, como possibilidade de nos recolocarmos no presente; reconciliando a criança que fomos com o adulto que podemos ser”, explica Davi Palmeira, que pesquisa o espaço de jogo entre ator e plateia.

A música, que conduz a narrativa, é proposição do diretor Jefferson Almeida, que há mais de 10 anos pesquisa a cena-música. “As variações melódicas conseguem imprimir, no corpo humano, uma multiplicidade de sensações. Dialogando com elas, queremos mostrar que a realidade é um conceito tão complexo que, talvez, só consiga realmente existir como eco de criações ficcionais”, concluiu o diretor.

Serviço
Temporada: 06 a 30 de julho / Dias e horários: de quinta a domingo, às 20h.
Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto  (Rua Visconde de Silva, s/nº, ao lado do n°292, Humaitá)
Ingressos na Sympla
Classificação Etária: 14 anos

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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