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Com direção de Christopher Smith, O Convento traz preciosismo nos detalhes

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Filmes de terror funcionam mais ou menos dentro de uma fórmula bem definida, seja sobrenatural, com assassinos ou qualquer outro tipo. O terror em si nada mais é que uma roupagem para a mensagem que o filme realmente quer passar. Como a cultura ocidental é majoritariamente cristã, é inevitável que a presença do cristianismo seja um fator presente nos grandes filmes sobrenaturais, como O Exorcista ou Invocação do Mal. No caso de O Convento existe, sim, a presença da cristandade, porém ela é subvertida. Após a morte de seu irmão, Grace (Jena Malone), vai até a Escócia para ajudar nas investigações dentro do convento onde seu irmão atuava como padre. Todavia sua ida para este local vai gerar uma série de eventos conectados com seu passado.

O ConventoOs principais destaques positivos do longa se dividem em uma boa reviravolta e um elenco bem alinhado com o tom do filme. A direção de Christopher Smith, diretor que possui boa experiência com o gênero terror, aliás, ele assina o roteiro junto de Laurie Cook. À primeira vista, o filme se propõe a ser um terror leve, muito mais levado para o suspense que clássico terror de “jump scare”. O Convento faz uso de recursos que manipulem a atenção do público, e então entrega uma reviravolta que amarra tudo desde o início da obra. Isso é ousado para um filme relativamente pequeno, e que mostra preciosismo da direção em pensar nos detalhes pequenos, mas que produzem um poderoso efeito no fim.

O problema fundamental do longa está na falta de cuidado do roteiro ao entregar a informação. Existem, sim, preciosismo em detalhes visuais, mas não entre diálogos que possuem elementos chave, ou que parecem ser, para a mística dentro do filme. Ou seja, ficam lacunas que geram dúvidas, e não as boas dúvidas que criam discussões ricas, mas aqueles que deixam o público confuso. De qualquer maneira, existem camadas dentro do roteiro, como críticas a como o Cristianismo atuou na repressão às mulheres, por exemplo.

O Convento é aquele tipo de filme que segue uma fórmula, consegue ser criativo dentro dela, mas que acaba deixando de lado elementos básicos como um universo bem embasado e sólido para apresentar para o público. Não é ruim e até surpreende bastante no terceiro ato, mas o gostinho final é meio amargo.

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