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Festival Latinidades pela primeira vez no Rio de Janeiro

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Evento pioneiro em dar visibilidade ao 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana Caribenha no Brasil, chega a sua 16ª edição em quatro capitais do país e promove a reflexão acerca do tema Bem Viver por meio de oficinas, painéis, conferências, palestras e mesas de debate com especialistas nacionais e internacionais.

O Rio de Janeiro será a segunda cidade a receber o festival, que terá início no dia 15 de julho. A Presidente do Fórum Permanente de Pessoas Afrodescendentes da ONU, Epsy Campbell, a escritora Conceição Evaristo e a deputada Olívia Santana fazem parte da programação carioca

Após 16 edições de sucesso em Brasília (DF), pela primeira vez, o festival Latinidades chega ao Rio de Janeiro dia 15 de julho, com o patrocínio de Natura Musical. O evento, responsável por ampliar a visibilidade do 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana Caribenha no Brasil, este ano acontece também nas cidades de São Paulo (21 a 23), Salvador (29 e 30), além de Brasília, realizado entre os dias 06 e 09.

Considerado o maior festival de mulheres negras da América Latina, envolvendo anualmente todas as regiões brasileiras, com crescente participação internacional (mais de 20 países), o Latinidades é uma iniciativa continuada de promoção de equidade de raça gênero e plataforma de formação e impulsionamento de trajetórias de mulheres negras nos mais diversos campos de atuação.

Idealizado por Jaqueline Fernandes, o Latinidades é um festival multilinguagens que busca desenvolver diálogos com o poder público e com organizações não-governamentais, movimentos sociais e culturais, universidades, redes, coletivos e outros grupos. É um espaço para convergir iniciativas do estado e da sociedade civil relacionadas ao enfrentamento do racismo, sexismo e promoção da igualdade racial.

A programação no Rio de Janeiro começa pelo cortejo com Afoxé Filhas de Gandhi e Dona Gracy Mary Moreira, neta da Tia Ciata e membro do comitê gestor do Cais do Valongo Patrimônio da Humanidade. A atividade será no Museu do Amanhã, onde acontece a maior parte da programação, incluindo roda de conversa, painéis, workshop e lançamentos literários. A Presidente do Fórum Permanente de Pessoas Afrodescendentes da ONU, Epsy Campbell, e a escritora Conceição Evaristo farão parte da primeira mesa Memória e Bem Viver, logo após abertura, ao lado de Tonika Sealy Thompson, Embaixadora de Barbados e Susana Harp, Senadora do México, com a mediação da Doutora em Estudos de Gênero e Raça, Carla Akotirene, no auditório do Museu.

O Festival Latinidades foi selecionado por Natura Musical, no Edital 2023, ao lado de nomes como Brisa Flow, Stefanie, Canto Sagrados Kariri-Xocó, Circuito Manacaos, Malka Julieta e Quilombo Groove. Ao longo de 18 anos, Natura Musical já ofereceu recursos para mais de 600 projetos, entre nomes consagrados como Emicida, Russo e Antônio Carlos e Jocafi, Dona Onete e João Donato; artistas em ascensão como Linn da Quebrada, Rico Dalasam; e projetos de registro e fomento de cenas, como Os Tincoãs e Mostra Pankararu de Música.

“Este projeto, assim como os demais selecionados pelo edital Natura Musical, é capaz de propor debates urgentes, que impactam na construção de um mundo melhor. Vemos nesse projeto um potencial de legado, de impacto simbólico, capaz de inspirar transformações agora e no futuro”, completa Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding.

Além do patrocínio Natura Musical, a edição 2023 tem apoio do Instituto Ibirapitanga, Fundação Ford, Oxfam Brasil, Edital Cultura Circular, Oi Futuro e British Council.

Sobre o tema Bem Viver – A noção de Bem Viver tem a ascendência mais conhecida nos povos originários Aymara e Kichwa e encontra ressonância nos modos de viver dos povos da floresta e povos tradicionais da América Latina. O conceito de Bem Viver vem, cada vez mais, ganhando força em toda a região e confronta diretamente o modelo vigente desenvolvimentista e exploratório da natureza e dos seres humanos.

Desde a Primeira Marcha de Mulheres Negras, idealizada pela ativista paraense Nilma Bentes e realizada em 2015, as pautas do Bem Viver têm sido fortemente incorporadas às agendas dos movimentos de mulheres negras.

A 16ª edição do Festival Latinidades vai promover debates sobre a importância de construir a cultura do Bem Viver, a partir da produção artística, ativista e intelectual de mulheres negras, hermanadas com as mulheres indígenas. Um Bem Viver que alcance todas as pessoas e que paute um conjunto de práticas integrativas, de direitos transversais e diálogos com as políticas públicas, as espiritualidades, os cuidados e autocuidados, saúde mental, direitos e saberes das comunidades tradicionais ameríndias, africanas e negras em diáspora.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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