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“O Planeta Lilás”, de Ziraldo, é reeditado

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"O Planeta Lilás"Ziraldo sempre teve um fascínio pelo universo e isso reverbera em suas obras. As viagens criadas pelo cartunista são inesquecíveis, e as referências aos planetas, estrelas e galáxias, transmitem uma magia sem igual e marcam gerações e “O Planeta Lilás” faz parte desse universo.

Em “O Planeta Lilás”, um bichinho pequenino, que não podia ser visto nem com uma lente de aumento, vive sozinho em seu monótono Planeta Lilás. Impulsionado pela curiosidade, ele constrói uma nave espacial e sai numa aventura cheia de surpresas.

Durante a jornada em busca de algo novo, o bichinho acaba percebendo que, na ambição de desvendar o Universo, saiu sem olhar para trás e sem saber de verdade como era o lugar onde vivia. Ao explorar outros planetas, ele conhece seus outros habitantes: o Branco, o Preto, as Cores, a Ideia, as Letras e o Ponto Final.

“Lilás é a flor e o nome de uma cor. Parecida com roxo, cor que fica marcada na nossa pele após o tombo. Uma tatuagem que não nos deixa esquecer o joelho ralado pela brincadeira e o tamanho da árvore que subimos, numa aventura no quintal. O Planeta Lilás reúne esses dois sentidos. E muitos outros”, escreve Guto Lins, na apresentação da obra.

“Ziraldo, em seu segundo livro infantil – dez anos após Flicts – nos coloca novamente em queda livre. Mais uma vez, ele compartilha com a gente sua paixão pelo livro, um objeto feito por imagens e texto. Em Flicts, ele nos mostra que as imagens são feitas por formas e cores e em O Planeta Lilás, que o texto é feito por letras e palavras. Parece simples, né?”, completa.

A narrativa envolve o leitor mostrando a riqueza dos elementos gráficos de um livro e prova que a literatura nos permite viver muitas aventuras.

Lançado pela primeira vez em 1979, “O Planeta Lilás” teve imenso sucesso, levando leitores e fãs do autor a formar filas nas livrarias para receber o autógrafo. Agora, a nova edição publicada pela Editora Melhoramentos traz os rascunhos inéditos de Ziraldo, deixando a obra ainda mais especial e memorável para os admiradores do escritor.

Nos esboços, é possível ver todo o processo de criação e os métodos utilizados por ele, como por exemplo na pontuação. O uso do ponto final só ocorre a partir de um momento preciso do texto, quando o personagem pousa, pela primeira vez, e descobre ter chegado no Ponto Final. Além de trazer as imagens dos desenhos da primeira capa e da distribuição dos textos em cada página. Ziraldo desenhou à mão como as letras ocupariam o espaço vazio da página, o tamanho de cada uma e até onde cada linha deveria ir.

A forma como as letras compõem as páginas de um livro ajuda a levar o leitor para dentro da história, e mostrar como tudo foi pensado e criado, proporciona uma conexão ainda mais profunda com o público.

A história de O Planeta Lilás ganhou montagem teatral pelas mãos de Zezé Fassina (produtora e atriz) e Carlos Arruda (adaptação e direção). O espetáculo recebeu indicações a renomados prêmios, com sucesso de público e de crítica. Em 2009, “O Planeta Lilás” reestreou no Circuito Cultural SESI e SESC Rio de Janeiro e São Paulo, passando por inúmeras cidades durante 10 anos.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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