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“AFRODHIT”: IZA lança álbum sobre a independência feminina

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IZA apresenta o aguardado “AFRODHIT”, o álbum é considerado pela própria cantora como o mais feminino e pessoal da carreira. Para tanto, ela descartou músicas quase prontas ao julgar que não representavam seu momento presente e, em fevereiro deste ano, recomeçou o trabalho do zero, com uma identificação maior com temas jamais ditos e que, agora, soam naturais e nada incômodos para ela.

Nas redes sociais, os fãs da Iza já estavam no maior entusiasmo pela estreia do novo disco da artista, não só pelas fotos que ela vinha postando, mas também pela divulgação pesadíssima de “Fé nas Maluca” que estreou no fim de julho ao lado da Mc Carol, onde IZA ressurge divina em forma de deusa mística, junto de uma letra ácida que fala de suas vivências.

O novo álbum trata mesmo de um desabafo íntimo da cantora que seguindo a pegada de cantoras como Beyoncé e Shakira embala temáticas como o fim de seu casamento, às vulnerabilidades da mulher contemporânea, a relação com o próprio corpo, amor e carreira.

IZA explica, “Eu me sinto mais confortável para ser quem eu quero e falar coisas que não disse antes”. Aliás, ela chega ao novo projeto não só abraçada com sua independência feminina, como no auge de um domínio artístico impulsionado por superações emocionais conquistadas recentemente.

Se a etimologia do nome Afrodite ainda é um mistério, o mesmo não se aplica a “AFRODHIT”, inspirado no conceito de um ser que nasceu do centro da Terra e caiu no universo urbano, passando a viver as conquistas e agruras, os desamores e recomeços. “AFRODHIT” aterrissa para descobrir todos os prazeres e aflições que permeiam os relacionamentos. Esse olhar para a realidade surge nas mais variadas versões — sempre fortemente orientadas para o afrobeat — que conduzem IZA a ritmos que vão de R&B, Rap, lovesong até Funk, extrapolando os limites da MPB, resultado de sua vivência nos palcos, nas telas e no presente.

O álbum é, em grande parte, uma imersão nas questões femininas, para a qual a protagonista IZA convidou parceiras para lá de especiais, mulheres que crescem ombro a ombro com ela, para dividir essa caminhada repleta de descobertas. Perpassando o álbum, o recado vai sendo dado: hoje, IZA já não encontra dor em deixar o passado no passado e mirar corajosamente um futuro independente — de certo, um movimento de transformação de dentro para fora, que, em “AFRODHIT”, irrompe em novas e audaciosas habilidades adquiridas ao longo desses anos.

Certamente, não significa que a cantora e compositora esteja travando uma batalha contra o sexo oposto, longe disso. Os que chegam para acrescentar são muito bem-vindos, como Arthur Verocai, na faixa de abertura, “Nunca Mais”; Russo Passapusso, em “Mega da Virada”; L7nnon, em “Fiu Fiu”; e Djonga, em “Sintoniza”. Aliás, as escolhas demonstram o radar apurado de IZA e reforçam sua versatilidade, ao fazê-la embarcar em uma jornada destemida com representantes da música brasileira que reinam nas ruas de todo o Brasil.

Assumidamente fã de Tiwa, IZA compartilhou uma faixa com a nigeriana considerada por muitos à rainha do afrobeat, satisfazendo o desejo dos fãs que estiveram no festival Back2Black torcendo pela parceria. Ela conta, “Nossa, eu nem acredito que eu gravei com a Tiwa. Sou muito fã dela, eu sempre disse que um dia gravaria com ela, mas aí ela gravou com a Beyoncé e eu achei que isso não aconteceria comigo, mas aconteceu. O produtor da Tiwa me enviou duas músicas e pediu que eu escolhesse qual delas eu gostaria de cantar, mas eu gostei das duas. A faixa é feita com as duas músicas, inclusive. Foi um processo muito gostoso”, disse.

Em “Nunca Mais”, o desabafo de IZA é contundente, porém amenizado pelo luxuoso arranjo de cordas do maestro Verocai. A festa de “Mega da Virada” é invocada pela cantora e endossada pelo líder do BaianaSystem, Russo Passapusso. Já “Fiu Fiu” traz a naturalidade com que as gerações mais jovens lidam com o sexo, desmistificando os desejos no trap classudo de L7nnon, com o toque marcante do concorrido beatmaker Papatinho. Com arranjo do premiado produtor Nave, “Sintoniza” é um convite melodioso cheio de malícia para o flow incisivo do rapper Djonga.

Em coletiva de Imprensa, IZA detalhou o seu processo criativo para as 13 faixas do álbum, contou que participou de cada processo pessoalmente e mostrou o quanto ela é versátil e a favor da autenticidade quando se trata da sua arte. Inspirada na deusa grega da beleza e do amor e da sexualidade – Afrodite –, o álbum apresenta outras facetas da artista.

“Eu sempre quis contar uma história diferente, esquisita, meio extraterrestre. Afrodite é uma deusa que volta à terra de tempos em tempos. Desta vez, ela veio desta forma para experenciar o amor e suas diferentes formas. Talvez, eu tenha juntado todas as coisas incríveis e deidades que sempre me deixaram curiosa para criar este personagem. Entre as referências estão os filmes Splash: uma sereia em minha vida, Coccon e Bacurau. Além da série, Steven Universe”, revelou.

Sentindo-se mais dona dela mesma, a cantora explicou que o novo projeto não só abraça sua independência feminina, mas também significa sua maturidade artística impulsionada por superações emocionais conquistadas há pouco tempo.

“Foi muito importante entender as músicas como um todo, por mais que existam gêneros diferentes, foi importante alinhar o álbum esteticamente, criar um álbum tem mesmo esse desafio, desta vez, as melodias, as harmonias, foram pensadas no meu tom de voz e isso fez toda a diferença neste álbum”, finalizou.

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