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O Exorcista – O clássico do terror completa 50 anos

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Clássico do terror completa 50 anos, em 2023.

Outubro é considerado o mês do terror, mais precisamente por conta da festa americana Halloween, que tem como objetivo trazer os espírito dos mortos ao mundo dos vivos, por uma noite. No ano de 2023 o maior filme de terror de todos, O Exorcista completa 50 anos de estreia no cinema. Mas o que você não sabe, é que a história de um clássico começa muito antes de seu lançamento nas telonas. Abaixo, a gente te convida a explorar tudo que gira ao redor dessa obra-prima.

Tudo começou com William Peter Blatty, autor do livro e roteirista do filme, quando na faculdade ele leu uma série de diários de um padre que teria realizado o exorcismo de um menino no Missouri, esse relatos saíram pelo Washington Post, em 1950. Posteriormente esses diários foram analisados e estudados por Thomas B. Allen em seu livro “Exorcismo”, considerado pela Igreja Católica o mais completo relato de um exorcismo desde a Idade Média. Fascinado pelo assunto, Blatty iniciou uma longa pesquisa que resultou no livro “O Exorcista” em 1971.

O ExorcistaO filme foi lançado em 1973 e causou bastante descrença da Warner Bros. Aliás, nessa época, filmes de terror não eram levados muito a sério pela grande indústria de cinema. Os estúdios nunca investiam grandes quantias nas produções, e não diferente foi o que aconteceu com O Exorcista, que teve um orçamento de 12 milhões. Além disso, outra preocupação da Warner é que o filme seria lançado logo após o Natal, sendo esse um espaço temporal que o público geral não está interessado em histórias assustadoras. De qualquer forma, o filme foi um sucesso absoluto logo de cara. Sendo ainda hoje o melhor filme de exorcismo já feito, e o melhor também dentro do gênero terror de sobrenatural.

O Exorcista se tornou um sucesso por uma série de fatores, porém os dois elementos mais importantes são o roteiro, escrito pelo próprio Blatty, e a direção de William Friedkin. O roteiro conseguiu trazer o elemento mais aterrorizante do livro, a espera e a dúvida. O tempo todo a narrativa cria uma ansiedade no espectador que sabe, desde o início, que algo vai acontecer. Enquanto a dúvida é posta em sua mente em doses homeopáticas, sempre há o questionamento se Regan está possuída ou se está mentalmente doente, e quando a dúvida some, tudo que resta é o terror.

A Franquia

Sabemos que quando um filme cria imenso sucesso ele terá uma sequência, ou duas ou três, até que o estúdio fature o máximo que puder com aquele título. Não foi diferente com O Exorcista, que ganhou sua sequência em 1977 com O Exorcista II – O Herege. É quase de regra que todos os grandes terrores dos anos 70 tenham uma sequência que acaba sendo um fracasso, e não foi diferente aqui. O maior problema desta sequência é que ela na verdade tenta negar o seu antecessor, pois o diretor do filme, John Boorman, gostava de histórias sobrenaturais. Então, toda a trama traz de volta Linda Blair como Regan para enfrentar novamente Pazuzu, porém dentro de uma visão científica de psicanálise. Assim, a  Warner conseguiu lucrar o dobro do investimento, que foi suficiente para um terceiro filme.

Porém, o segundo filme de O Exorcista causou bastante revolta no autor da obra, William Peter Blatty, que já tinha publicado outro livro para ser a continuação, chamado “Legião”. Em O Exorcista III, de 1990, temos Blatty não só como roteirista, mas também como diretor, que ignora a personagem Regan, e dá protagonismo ao tenente Kinderman, interpretado por George C. Scott. A trama do filme envolve as investigações de Kinderman sobre uma série de assassinatos misteriosos que o leva até um asilo onde está internado um homem muito similar ao padre Karras. Ainda que a história seja melhor que o segundo filme, Blatty se mostrou não ser lá um bom diretor.

E aqui chegamos aos anos 2000, uma época próspera para grandes filmes que tornaram-se clássicos do terror. Em 2004, chegou aos cinemas O Exorcista: O Início, um prequel, que conta a história do jovem padre Merrin, interpretado por Stellan Skarsgård, em uma crise de fé, porém ele é confrontado com o Mal e a sua fé será sua única arma. Esse filme foi um fracasso em todas as instâncias, tanto de produção, quanto de bilheteria e crítica. Ainda que questionáveis, o segundo e o terceiro filme tem certo valor por parte dos fãs, mas este especificamente é totalmente ignorado.

A Série

Em 2016, a série O Exorcista, produzida pela Fox, chegou ao formato televisivo. Essa produção veio numa nova onda onde grandes sucessos do cinema de terror eram adaptados para séries de TV, como Hannibal. Trazendo Alfonso Herrera, conhecido no Brasil por “Rebelde” e “Sense 8”, como um padre em crise de fé que é convocado a auxiliar um veterano de exorcismo a ajudar famílias que são perturbadas por esse mal. A proposta da série é ser uma continuação dos eventos do filme de 1973. A série durou apenas dois anos, e mesmo sendo elogiada pelo público e pela crítica, a Fox optou por seu cancelamento.

O Retorno

Agora, depois de quase 20 anos sem filmes, chega aos cinemas O Exorcista: O Devoto (2023). Aqui o roteiro é muito similar ao primeiro filme. Pais tentando suas filhas que estão possuídas, apelando para a fé, já que a medicina não pôde ajudar. Seu diferencial é que traz de volta Ellen Burstyn como Chris MacNeil.

Certamente, não tem como negar a importância de O Exorcista para o Cinema de Terror, pois ele definiu o filme de exorcismo como um clássico do gênero. O filme de 1973 pode ter 50 anos, mas não perdeu em nada sua força, seu carisma e seu talento. E claro, que existe, sim, espaço para novidades na franquia, o que falta é a coragem para largar o clássico e criar um novo clássico.

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