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“Violeta” em temporada no Teatro Dulcina

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Em “Violeta”, um grupo de jovens se encontra para um ensaio de sua banda, em uma fábrica abandonada. O guitarrista leva uma garota para o ensaio, mas é a antiga namorada do baterista. Com quem ela está agora? Uma tensão se instaura. O ensaio precisa começar. O guitarrista revela então que não quer mais fazer parte da banda. Algo vai acontecer.

"Violeta"
Foto: Clayton Leite

A peça foi escrita pelo dramaturgo norueguês Jon Fosse, um dos dramaturgos europeus mais encenados da contemporaneidade, com peças traduzidas em mais de 40 idiomas. No Brasil, sua primeira montagem foi em 2003, aliás, suas peças foram encenadas por nomes importantes da cena teatral, como Monique Gardenberg, Denise Weinberg, Mário Bortolotto, Emílio de Mello e Marcos Damaceno.

Por meio de uma escrita teatral minimalista, característica de Jon Fosse, “Violeta” coloca diante do espectador um retrato de uma banda amadora que quer o sucesso, mas se vê envolvida com as inúmeras querelas do cotidiano.

O diretor e idealizador da peça, Marcio Freitas, ressalta que a pesquisa com a musicalidade da fala é um dos fundamentos da trajetória do seu trabalho com o grupo Teatro Número Três. “Em nossos espetáculos, sempre chamaram a atenção do público as formas inusitadas de trabalhamos a fala. Nesse sentido, investigar as nuances do texto de Jon Fosse é um percurso de interesse natural. A métrica inusual e rigorosa do autor é uma potente fonte de tensão cênica, com seus vazios e seus ecos”, afirma Marcio Freitas, idealizador e diretor do Teatro Número Três.

Com Cacá Ottoni, Maria Lucas, Marina Hodecker, Pamella Rodrigues e Renata Gasparim no elenco, Marcio conta que as personagens, tanto as masculinas como as femininas, são representadas por atrizes. “Essa é uma escolha que visa, certamente, valorizar o elenco com o qual venho trabalhando. Mas, para além disso, ela cria uma camada performática para investigar a fluidez entre o masculino e o feminino. Acredito que essa escolha faz aparecer com mais clareza a violência e a opressão presentes na peça. Sem dar respostas, nem utilizar de didatismo, a estranheza da transposição de gêneros põe uma lupa na masculinidade tóxica dos ritos de juventude”, pontua o diretor.

“Violeta” é uma peça que fala sobre jovens, originalmente desenvolvida no renomado programa “Connections: new plays for young people”, do National Theatre, que, desde 1995, encomenda peças e financia montagens no território britânico. “Entendemos que esse será um bom caminho a percorrer”, finaliza Marina Hodecker.

Serviço
De 07 a 29 de outubro / sexta e sábado, às 19h, domingo às 18h
Teatro Dulcina (Rua Alcindo Guanabara, 17 – Centro)
Ingressos na bilheteria
Classificação indicativa: 14 anos

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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