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“Chorume” na Sede da Cia dos Atores

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Terceiro espetáculo da trilogia Placas Tectônicas, do premiado dramaturgo Vinicius  “Chorume” ganhará uma nova versão experimental do Coletivo Observem Como Correm, na Sede da Cia dos Atores. A montagem é resultado do processo teatral desenvolvido durante o ano pelo diretor João Gofman com o grupo.

 "Chorume"
Foto: Murillo Medeiros

Com uma narrativa que se transforma a partir de recortes de cenas, o texto aborda os problemas e os aspectos terríveis do mundo atual, mas consegue encontrar humor mesmo nas situações mais difíceis, mostrando como a comédia pode ser uma ferramenta de denúncia ao apontar de forma poderosa as coisas estranhas e absurdas da vida real.

“É difícil classificar o que é “Chorume”. Uma dramaturgia feita de descartes e restos de tudo aquilo que não entrou em outros espetáculos do autor? Uma dramaturgia que necessita com toda a força ser feita para alcançar algum senso de inteireza? Gosto de definir esse trabalho como uma tentativa de não fazer uma peça de teatro: a forma como as cenas se entrelaçam, retornam e se esvaziam diante do espectador é um convite muito generoso, divertido e às vezes trágico de encararmos e refletirmos sobre a nossa existência. É um presente como diretor poder encenar e dirigir este texto com esse elenco tão talentoso, e poder mais uma vez dividir com o público esse jogo cênico. Ou talvez nem seja mais um jogo”, diz o diretor.

O texto usa como matéria-prima questões espinhosas, como problemas nas relações humanas e o fracasso das instituições, para criar um espetáculo que nos faz refletir sobre a vida, lembrando que é preciso viver no momento presente, com todas as dificuldades e oportunidades de mudança que isso implica.

Matheus Lucena, ator do elenco que também é o responsável pelo figurino, explica que o processo visual de “Chorume” é quase uma dramaturgia à parte.

“Ele apresenta os personagens dentro de um universo asséptico, sem cores, sem formas e sem referência a tempo/espaço. Conforme a história vai sendo contada, contribui para um universo caótico e recheado de acúmulos, do qual a peça trata. E para mostrar essa transformação, abusamos de cores, texturas e modelagens, ora realistas, ora absurdas, o extremo oposto do apresentado no início do espetáculo”.

O autor, Vinicius Calderoni, venceu duas vezes o Prêmio APCA e uma vez o Prêmio Shell na categoria dramaturgia, e se destaca como um dos grandes talentos da dramaturgia brasileira contemporânea, com trabalhos de grande sucesso no currículo, como as peças “Sísifo”, com Gregório Duvivier, e “Museu Nacional”.

SERVIÇO:
De 3 a 19 de novembro.
Sexta e sábado, às 20h; domingo, às 19h
Local: sede da Cia dos Atores – Escadaria Selarón, sn, Lapa).
Classificação: 14 anos.
Ingressos à venda na bilheteria

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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