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Não Abra! é uma experiência visceral sobre a Cultura Hindu

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 Muitos filmes de terror abordam demônios e fantasmas porque são lendas que estão introduzidas na sociedade cristã ocidental, esses conceitos estão pulverizados na cultura, o  que só torna ainda mais maravilhoso a diversidade cultural que vem através da imigração de povos orientais para o ocidente, e vice-versa. Não Abra! é um filme de terror dentro da perspectiva da cultura hindu, onde temos Megan Suri como Sam, uma jovem filha de pais indianos que moram nos EUA.

Não Abra!A menina tem grande dificuldade de se conectar com suas raízes da Índia, ainda que sua mãe se esforce ao máximo para ensinar a cultura de seus ancestrais, Sam só quer ser um jovem normal. Enquanto isso, Tamira (Mohana Krishnan) é assombrada por uma suposta entidade presa num frasco de vidro. Ela tenta pedir ajuda para Sam, mas ambas discutem, quebrando o vidro e libertando o que quer estivesse lá dentro.

Podemos dizer que Não Abra! tem diversas qualidades que o salvam de vários erros amadores. O filme usa muito bem a questão do conflito de identidade de Sam, ao passo que a menina não consegue se conectar com sua herança Hindu e se sente totalmente diferente dos jovens americanos. Esse horror do estranhamento, do deslocamento, trabalha em conjunto com o monstro do filme. O monstro é baseado em um espírito Hindu chamado Pishacha, que em suma é uma espírito mal que assombra pessoas com emoções negativas, se alimentando delas. A criatura começa a afetar a vida de seu hospedeiro para gerar mais energia negativa e se alimentar mais. Novamente, o roteiro do filme surpreende ao enfrentar o monstro, deixando de lado imensas cerimônias de exorcismo, e optando por algo muito mais íntimo que qualquer pessoa consegue se relacionar.

A direção de Bishal Dutta, que também assina o roteiro com Ashish Mehta, é boa ao trazer à cena a cultura Hindu junto com a Fotografia, que conta com uma paleta de cores que se comunica como a cultura Hindu lida com espíritos. Além disso, todavia o terceiro ato do filme derrapa um pouco, pois a direção escolhe um confronto exageradamente explícito com a criatura. Caindo no problema que é mostrar o seu monstro, Bishal acaba indo contra todo o simbolismo criado ao redor dessa criatura.

Ainda caindo nesses erros tolos, o saldo de Não Abra! é consideravelmente positivo, principalmente por trazer um frescor e diversidade a um gênero de cinema que tem sentido muita falta de novidades.

 

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