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Angra promove grande celebração dos fiéis ao metal no Circo Voador

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Angra encerra ano com série recorde de shows e se prepara para rodar o mundo mais uma vez em 2024.

Que os fãs brasileiros de metal são fiéis e apaixonados, não é novidade. Por mais que o gênero esteja cada vez mais se tornando uma confraria, ainda é um nicho numeroso e barulhento, como se viu na noite de ontem (15) no Circo Voador completamente lotado recebendo o Angra. Na plateia da lona musical mais icônica do Rio de Janeiro era possível ver metal heads de várias faixas etárias, todos com suas camisas temáticas (pretas obviamente), em sua maioria da banda dona da festa.

Angra
Foto: João Coelho

O Angra completa em 2023 trinta anos de seu debut, “Angel Cry”, além disso, também completa dez anos com o vocalista Fabio Lione, o segundo mais longevo no grupo até agora (contra os 12 anos de Edu Falaschi). E a festa não poderia ser mais animada em uma quente noite carioca, depois de nove meses desde a última passagem da banda por aqui, no Angra Fest. Certamente, uma verdadeira celebração no lugar que acumula shows memoráveis das mais diversas vertentes do metal.

Pouco depois das 23 horas, o quinteto adentrar o palco com a clássica ‘Nothing to Say’, do álbum “Holy Land”, seguida do petardo ‘Final Light’, essa de uma fase mais recente, o disco “Secret Garden”, de 2014 (primeiro com Fabio). Ao anunciar a faixa-título do trabalho de estúdio de 1993, Fabio provocou um verdadeiro terremoto no Circo Voador. Aliás, o clássico absoluto contou com o coro a plenos pulmões da massa que se espremia sob a lona da Lapa. Com um português já bastante afiado, o vocalista italiano, bem-humorado, brincava com a plateia entre uma música e outra regendo o coro lírico da plateia no melhor estilo Freddie Mercury. Até proferiu um “caraca”, depois da intensidade virtuosa de ‘Here in the Now’. Até um cover de ‘Miss Sarajevo’ do U2 foi inserido na brincadeira, com o trecho marcado pela voz de Luciano Pavarotti servindo como exercício vocal para a plateia.

O repertório foi bastante generoso em faixas do disco “Cycles of Pain”, lançado há pouco mais de um mês. Sabe-se que bandas veteranas costumam realizar turnês de divulgação de seus novos trabalhos incluindo apenas três, no máximo quatro novas composições. O Angra, realmente disposto a mostrar as músicas, distribuiu sete: ‘Tide of Changes’ partes I e II, ‘Vida Seca’, que traz Rafael Bittencourt nos vocais ao lado de Fabio na letra que tem as primeiras estrofes em português, ‘Dead Man on Display’, ‘Here in the Now’, ‘Ride Into the Storm’ e a faixa-título. Todas foram bem recebidas pelos fãs.

Em um set acústico, houve uma homenagem a Andre Matos, o vocalista da banda entre 1991 e 2000, falecido em 2019. Efusivamente aplaudido pela plateia, o tributo se deu com as músicas ‘Lullaby for Lucifer’ (com Rafael nos vocais) e ‘Gentle Change’, dos álbuns “Holy Land” e “Fireworks” respectivamente.

Dos clássicos lançamentos dos anos 2000 (na fase do vocalista Edu Falaschi), Temple of Shadows, de 2004, foi representado por duas faixas: ‘Morning Star’ e ‘Waiting Silence’, enquanto “Rebirth” (2001) apareceu com a épica faixa que dá nome ao álbum, ‘Bleeding Heart’ (que teve luzes de celulares produzindo o efeito constelação) e ‘Nova Era’, que encerrou o show precedida por ‘Carry On’, uma dobradinha matadora que lavou a alma dos fãs.

O Angra assegura a tradição do Power Metal com vocais grandiloquentes e virtuose à enésima potência, adornados por imagens de temática sci-fi e fantástica exibidas no telão ao fundo. A excelência das guitarras de Marcelo Barbosa e Rafael, do baixo de Felipe Andreoli e da bateria de Bruno Valverde foram ainda mais potencializadas pela melhora na equalização do sistema de som na segunda metade do show (o que consequentemente também favoreceu bastante os vocais de Fabio).

FAto é, os shows de metal costumam primar pela perfeita comunhão entre público e palco e o Angra não apenas não foge à regra como a dita!

Confira o Setlist:
Set 1:
Nothing to Say
Final Light
Tide of Changes – Part I
Tide of Changes – Part II
Angels Cry
Vida seca
Dead Man on Display
Rebirth
Morning Star
Here in the Now
Cyclus doloris
Ride Into the Storm
Set acústico:
Lullaby for Lucifer (Rafael nos vocais)
Gentle Change
Set 2:
Cycles of Pain
ØMNI – Silence Inside
Bleeding Heart
Waiting Silence
Bis:
Carry On
Nova Era

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