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“Brasil Futuro: As Formas da Democracia” traz um processo histórico recente: a reconquista da democracia

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A mostra “Brasil Futuro: As Formas da Democracia” é a única em circulação no Brasil que tem como tema e motivação um processo histórico recente: a reconquista da democracia. Pensada logo após a vitória eleitoral do presidente Luís Inácio Lula da Silva, “Brasil Futuro: As. Formas da Democracia”, se revelou, de fato, como um grande projeto em aberto. Aberta ao público no dia 2 de janeiro deste ano no Museu da República, em Brasília, a mostra foi visitada pelo Presidente Lula no dia 8 de fevereiro, um mês após o Museu e a Mostra terem sido as primeiras vítimas dos invasores que tomaram a Praça dos Três Poderes e vandalizaram símbolos da República. Como resposta, mais de 60 mil pessoas visitaram a exposição e contemplaram as mais de 170 obras de 138 artistas presentes na mostra.

Segundo Lilia Schwarcz, antropóloga, historiadora e uma das curadoras da exposição, “após quatro anos de governo do Jair Bolsonaro, o grande tema seria democracia. Democracia não como projeto completo, mas justamente como um projeto por definição incompleto, um processo, porque direitos a gente nunca acaba de constituir. Foi assim que surgiu a ideia da exposição”.

No Museu de Arte do Rio, Marcelo Campos e Amanda Bonan integraram a curadoria adjunta da mostra Brasil Futuro, que traz para a capital fluminense uma narrativa sobre democracia jamais vista. Aliás, estava mesmo nos planos da curadoria não começar a itinerância pelo Sudeste. Segundo a curadoria, “a gente ficou com vontade de fazer um percurso diferente do percurso tradicional cujo primeiro lugar é São Paulo ou Rio. Primeiro porque nós achamos justo, já que o governo Lula deve muito ao Nordeste. Mas também fizemos isso por uma questão política: as nossas histórias ainda são muito sudestinas. Ou seja, o Sudeste fala pela nação. Não pode ser assim, né?”.

Na curadoria da mostra há integrantes de todas as regiões do Brasil e além de apresentar outras narrativas e representatividade nordestina, indígena, negra, LGBTQIAPN+, a mostra Brasil Futuro reconhece que representação estética também deve vir acompanhada de garantia de direitos.

Segundo crítica publicada na Revista Select, a mostra Brasil Futuro conta com “obras, artistas e diálogos tecidos de forma que não busca negar os desafios e contradições. Não há razão para enganar a memória a fim de projetar um futuro utópico. Podemos finalmente olhar sem temer para o presente. Ver Orixás de Djanira agora no seu devido lugar não nos serve para esquecer as mazelas. Mas tampouco para limitar-nos a elas. Assim, temos um retrato do Brasil.”

Entre as centenas de obras presentes na exposição, vale ressaltar Hakukãn (1998), de Ailton Krenak, única pintura exposta do filósofo e líder indígena no mundo. Com a mostra “Brasil Futuro: As Formas da Democracia”, o Museu de Arte do Rio acolhe e projeta para o país outras narrativas, perspectivas e estéticas sobre outras regiões do Brasil com toda nossa capacidade de criar mundos no mundo. Para Rogério Carvalho, um dos curadores da exposição e curador dos acervos do Palácio do Planalto e do Palácio do Alvorada, “a grande força da exposição está, não na apresentação de um projeto individual, mas sim na reunião de todos os conceitos e expressões artísticas promovendo algo que realmente tem força. As exposições, como a arte contemporânea, devem refletir a sociedade atual, cada vez mais complexa e plural”.

SERVIÇO:
Exposição “Brasil Futuro: As formas da democracia”
Visitação: A partir de 9 de dezembro de 2023 até 03 de março de 2024 | De terça a domingo, das 11h às 18h
Endereço: Museu de Arte do Rio (MAR), Praça Mauá, 5, Centro

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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