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“Enquanto você voava, eu criava raízes” em curta temporada no Teatro Firjan SESI Centro

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Depois de uma série de apresentações durante o mês de novembro, em Paris, na Némo 2023 – Bienal Internacional de Artes Digitais, a Cia. Dos à Deux volta aos palcos cariocas para uma curta temporada de “Enquanto você voava, eu criava raízes”, seu mais recente espetáculo, no Teatro Firjan SESI Centro.

“Enquanto você voava, eu criava raízes”
Foto: Nana Moraes

Com dramaturgia, cenografia, coreografia, encenação e performance de André Curti e Artur Luanda Ribeiro, a montagem é vencedora de diversas categorias nos prêmios de teatro APTR e Shell, além de estar indicada aos prêmios Cesgranrio e APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes. Desde sua estreia, há um ano, o espetáculo já fez mais de 110 apresentações no Brasil e no exterior.

Criada na França por André Curti e Artur Luanda Ribeiro, hoje com sede no Rio de Janeiro, a Cia. Dos à Deux celebra 25 anos de trajetória este ano. Com grande reconhecimento e trânsito internacional e nacional, os dois costumam dizer que, para além do teatro gestual, como a companhia é caracterizada, são bougeurs de théâtre (algo como “movedores do teatro”). Essa pesquisa visual em cena, elaborada a partir de temas de seus espetáculos, lança o público na magia do teatro.

Sem uma dramaturgia linear, “Enquanto você voava, eu criava raízes” tem diversas cenas, que se completam e transitam entre o onírico e a realidade. O corpo é o guia da partitura e a fonte de leitura do trabalho. Por ele, mergulhamos nessa pesquisa da dupla de artistas sobre esse tema que acompanha o ser humano ao longo de sua vida, o medo e sua transformação.

Como nos outros trabalhos, a linguagem gestual é criada a partir do tema abordado pelos dois. “Para mim, nesse espetáculo, ficamos na beira do abismo desde o início”, diz André. “São os abismos que temos dentro de nós, essa sensação de vazio permanente, de que há algo dentro se abrindo e um outro eu está caindo dentro da gente”, completa Artur.

A narrativa visual acontece na relação precisa entre imagens, fisicalidade, virtuosidade e poesia. Na cena, dois corpos que se fundem e se perdem. Nos estranhamos tanto a ponto de nos perdermos no próprio reconhecimento? As imagens dos corpos são marcados pela dor e pesar, mas ainda assim há um caminhar, seguir em frente.

Em “Enquanto você voava, eu criava raízes” nenhuma palavra é dita. Nesse navegar por várias linguagens, os significados também se apresentam diversos e chegam ao público em camadas múltiplas e plurais. Assim, entre sonho e realidade, somos apenas um emaranhado de sombras e luzes, diante do imensurável, da imensidão e do mistério do abismo. É um espetáculo sensorial e nos toca ao tratar de múltiplos medos “espaços íntimos de sensações”, como disseram os criadores.

As imagens projetadas, criadas pelo diretor de fotografia Miguel Vassy e pela artista plástica Laura Fragoso, dialogam com a dramaturgia, assim como a música original criada por Federico Puppi, que ajuda a criar diversos climas ao longo do espetáculo.

SERVIÇO:
Espetáculo: “Enquanto você voava, eu criava raízes”
Dias: de 7 a 17 de dezembro de 2023
Horários: quinta e sexta, às 19h. Sábado e domingo, às 18h
Local: Teatro Firjan SESI Centro (Av. Graça Aranha, 1 – Centro)
Classificação indicativa: 18 anos
Duração: 55 minutos
Ingressos pelo site da Sympla: https://bileto.sympla.com.br
Bate-papo com a companhia após a apresentação nos dias
8 (sexta), 14 (quinta) e 15 (sexta) de dezembro.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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