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Orquestra Petrobras Sinfônica no CCBB

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O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro será palco da série Prata da Casa, da Orquestra Petrobras Sinfônica. Concertos de Câmara foram divididos em três noites de música, com repertórios diversificados, propostos e interpretados pelos próprios instrumentistas da orquestra em diferentes formações, além de convidados especiais. A entrada é franca.

Abrindo a programação, na quinta-feira (7/12), o Quinteto de Metais da Petrobras Sinfônica — formado por Vinicius Lugon e Nelson Oliveira (trompetes), João Luiz Areias (trombone), Josué Soares (trompa) e Eliezer Rodrigues (tuba) — interpreta um repertório composto exclusivamente por obras de compositores brasileiros.

O concerto de câmara começa com peças do repertório tradicional inspirado nas bandas de música, como “Avante Camaradas”, de Antônio Manoel do Espírito Santo, considerado um dos maiores compositores de dobrados do país; “Abandonado”, de Sebastião Gonçalves, trompetista fundador do Quinteto Brasileiro de Metais, pioneiro do gênero; e o pout-pourri MPB do Maestro Carioca, um dos mais emblemáticos trombonistas do país e importante arranjador da Época de Ouro das orquestras de rádio.

O programa conta ainda com as versões de obras de Tom Jobim e Vinicius de Moraes (por Murilo Barquette); Noel Rosa e Vadico, Pixinguinha e Benedito Lacerda, e Radamés Gnattali (por Nelson Oliveira); Heitor Villa-Lobos (por Maestro Duda); Bonfiglio de Oliveira (por Vicente Ribeiro e adaptação por Antônio Augusto); e Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira (por Jessé Sadoc).

“Um dos objetivos do Quinteto de Metais da Petrobras Sinfônica é apresentar a versatilidade da música escrita e adaptada para esta formação, além da fantástica interação dos instrumentos de metal na música de câmara”, conta o trompetista Vinicius Lugon.

No dia seguinte (8/12), os Flautistas da Petrobras Sinfônica in concert — grupo composto por Marcelo Bomfim, Murilo Barquette, Luís Cuevas e Sammy Fuks – apresenta um concerto constituído por dois segmentos. O primeiro é dedicado a composições clássicas, com um noturno de Karl Ditters Von Dittersdorf e uma elegia de Joseph Jongen. No segundo segmento, o contrabaixista Ricardo Cândido e o percussionista Bruno Gafanhoto se unem ao quarteto de flautas para executar obras de compositores nacionais, entre eles Noel Rosa, Ernesto Nazareth, Luiz Gonzaga, Tom Jobim e Vinicius de Moraes, entre outros, com arranjos assinados por Murilo Barquette e Alberto Arantes.

Um dos destaques do programa é a estreia de “Remembering (2022) três invenções para duas flautas”, de Marcelo Bomfim. “É uma obra composta de três movimentos, cada um deles evocando um grande mestre da música: Paul Hindemith, Johann Sebastian Bach e Hermeto Pascoal. E, pelo fato de a obra ser escrita em estilo contrapontístico, eu a dediquei, também, in memoriam, ao maestro Henrique Morelenbaum, meu professor de ‘Contraponto e Fuga’ na Escola de Música da UFRJ na década de 1990, e a quem devo boa parte da minha da formação como compositor”, conta Marcelo Bomfim, que também apresenta no repertório outra peça de sua autoria, “Jericoacoara”, um choro para quarteto de flauta.

No sábado (11/11), fechando a programação do ano da Série Prata da Casa no CCBB Rio, o Trio En’cantos interpreta obras de Henry Purcell, Johann Sebastian Bach, Franz Schubert, Robert Schumann, Ronaldo Miranda, Claude Debussy, Francis Poulenc e Mark Hayes, um magistral repertório para a formação canto, clarineta e piano, que conta com obras readaptadas e arranjos que abarcam os mais diversos períodos e estilos.

Formado pela soprano Juliana Franco, pelo pianista Flávio Augusto e pelo clarinetista Cristiano Alves, o Trio En’cantos propõe uma experiência única, de singular riqueza sonora, ao reunir, numa proposta camerística, possibilidades plurais e particulares. A presença vocal pressupõe a perspectiva da palavra cantada aliada ao que de mais belo há na produção da música de câmara universal para voz feminina, unindo-se à flexibilidade, virtuosismo e rara beleza proporcionada pela clarineta e à imensidão de nuances, possibilidades artísticas e potência harmônica de um repertório inesgotável alcançado pelo piano. Flávio Augusto concebeu os belos arranjos deste programa, que estabelecem uma atmosfera de pujante força expressiva, aliada às mais delicadas e particulares matizes que tal formação oferece.

“O diversificado e surpreendente repertório desta apresentação inclui a sofisticação barroca de Purcell, transitando pela profundidade da música de Bach, delineando paisagens românticas de Schubert e Schumann e lançando luz sobre a genialidade de composições de Poulenc e Debussy”, descreve o clarinetista Cristiano Alves, um dos diretores artísticos da Orquestra Petrobras Sinfônica. “A contemporaneidade da canção brasileira é representada por uma incrível obra de Ronaldo Miranda, com poema de Cecília Meirelles, conduzindo a jornada musical aos caminhos de singular beleza e força dos negro spiritual”, completa.

A parceria entre o Centro Cultural Banco do Brasil e a Orquestra Petrobras Sinfônica para a realização da Série Prata da Casa começou em agosto deste ano e se estendeu pelos meses de outubro, novembro e dezembro. Ao longo da temporada, 12 grupos em diferentes formações apresentaram o melhor da música de câmara, numa viagem por diferentes repertórios, estilos e influências.

Serviço
Concertos de Câmara da Orquestra Petrobras Sinfônica
Data: de 7 a 9 de dezembro (de quinta a sábado), às 19h
Local: CCBB Rio – Rua Primeiro de Março, 66, Centro – RJ. Tel. (21) 3808-2020
Duração: 60 min. Classificação indicativa: Livre. Entrada franca
Distribuição de ingressos 1 hora antes do início do concerto na bilheteria do CCBB ou pelo site do bb

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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