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Wonka tem todas as qualidades de uma deliciosa barra de chocolate

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Filme homenageia Gene Wilder.

O cacau é um fruto reverenciado na cultura sul-americana desde o período pré-colonial, aliás, os Maias consideravam o cacau como um presente dos céus, sendo a bebida dos grandes imperadores. O cacau se transformou em sua forma mais estupenda e maravilhosa, chamada chocolate. Chocolate, esse pequeno cubo escuro que causa felicidade, paixão, relaxamento e energia, que alguns chefs de cozinha chamam de “alegria da vida” é parte essencial de Wonka , aliás, o filme tem todas as qualidades de uma deliciosa barra de chocolate.

Wonka

Com direção de Paul King, e roteiro de Simon Farnaby, Wonka é um prequel que conta como Willy Wonka (Chalamet) abriu sua primeira loja de chocolate.

Willy chega na Galeria Gourmet almejando tornar-se o maior chocolateiro do mundo, porém ele é derrotado pelo Cartel do Chocolate, formado pelos magnatas do chocolate, Slugworth, Prodnose e Fickelgruber (Paterson Joseph, Matt Lucas e Mathew Baynton). Mas Willy não se dará por vencido, pois sua cartola está cheia de sonhos que ele não vai abrir mão.

Nessa onda de remakes e reboots, muitos questionaram a produção deste novo filme, alegando que não existia um apelo por essa história. Fato é, A Fantástica Fábrica de Chocolate é um clássico que transcendeu gerações, tanto a versão original com o imortal Gene Wilder quanto o remake de Tim Burton. O novo longa se baseia totalmente no clássico de 1971, o que, certamente, muito bem pontuado.

Desde o início a trilha sonora surge com os primeiros acordes de “Pure Imagination”, música principal de Wilder como Willy Wonka. O longa é um musical, totalmente ao estilo Broadway, e como todo musical corre o risco de ficar maçante pela quantidade de músicas, mas não é este o caso (e a gente agradece!). Com musicas criadas por Joby Talbot, a trilha sonora é contagiante! Além disso, elas tem personalidade sem tirar espaço de diálogos no filme. Além disso, elas são responsáveis por grande parte do encanto e magia presentes no filme.

A escolha de elenco foi muito bem feita. Apesar de muitos serem já atores aclamados em papéis dramáticos, como Olivia Colman, Jim Carter e o próprio Chalamet, todos tem uma incrível habilidade de serem caricatos (e isso não é ruim) e engraçados. É claro que o elenco também é formado por ícones da comédia, como Keegan-Michael Key e Rowan Atkinson. Diga-se de passagem, Rowan Atkinson não tem muito tempo de tela, porém o pouco que aparece é tão engraçado e dá uma imensa nostalgia de Mr. Bean.

O roteiro sabe muito bem como criar uma comédia infantil, já que o material original de Roald Dahl é um livro infantil, todavia é um nível de humor que conquista qualquer público. Timonthée é incrível como o jovem Willy, é bom ver o ator em um papel que o conecte com um lado mais criança. Por último, mas não menos importante, é necessário falar de Hugh Grant como Umpa-Lumpa. Toda vez que o pequeno homenzinho laranja de cabelos verdes surge um mundo a parte surge (e é incrível). Cantando e dançando como os Umpa-Lumpas clássicos, e também dando mais conteúdo a história da Lumpalândia.

Em última instância, toda produção artística é impecável! Os figurinos são muito bem feitos e usados como referências também. Curiosidades à parte, o chapéu de Wonka é idêntico ao de Gene Wilder, enquanto seu terno lembra o de Johnny Depp. As roupas dos Umpa-Lumpas na Lumpalândia são idênticas às da guarda suíça, em referência ao chocolate suíço ser considerado o melhor do mundo. A estética traz cores que lembram doces e que explodem na loja de Wonka.

Porém, o maior problema dos prequels é que eles acabam se agarrando tanto as obras anteriores ou as franquias que não criam uma personalidade, felizmente não é o caso aqui. Wonka tem carisma próprio e, diferente do filme de 1971, tem o mesmo encanto e doçura. O novo filme não tenta tirar o mérito de Gene Wilder em seu personagem mais icônico, aliás, a obra toda pode ser considerada uma grande homenagem ao mestre da risada e encanto que foi Wilder. Sem dúvida alguma, Wonka foi, surpreendentemente, uma grande e doce surpresa de 2023.

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