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“Yu Yu Hakusho”, clássico anime, recria universo com dublagem certeira

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Muitos dos adultos hoje em dia cresceram animes que se tornaram clássicos na televisão brasileira, como “Cavaleiros dos Zodíaco” e “Digimon”, aliás, um dos elementos essenciais para a aderência dessas obras na memória é obviamente a dublagem brasileira. Esse também é o caso de “Yu Yu Hakusho”, onde temos Yusuke (interpretado por Takumi Kitamura), um delinquente de coração bom, que é menosprezado por todos. Depois que ele morre, ganha o privilégio de ressuscitar e tornar-se um detetive espiritual. Yusuke tem que lidar com as tramas e sombras que existem no mundo espiritual, e nessa jornada ele encontra vários amigos.

“Yu Yu Hakusho” mistura elementos de histórias de delinquentes e sobrenatural, dois gêneros muito fortes na cultura Pop japonesa, que se tornou um grande clássico dos animes. Aqui no Brasil esse sucesso todo é por grande mérito da dublagem. Diferente e outros live-actions de animações da Netflix, como o recente “One Piece”, este é de produção totalmente japonesa. Ou seja, o estilo de atuação e produção são condizentes ao estilo japonês, e não ao acidental, portanto pode ser que parte do público sinta um estranhamento ao assistir. Esse estranhamento logo passa, porque a produção da Netflix teve o bom senso de escalar o mesmo elenco de dublagem do anime clássico. O retorno de Marco Ribeiro, Duda Ribeiro, Christiano Torreão, Miriam Ficher e entre outros desperta um aconchego nostálgico muito bom.

O design de produção realmente foca nos mínimos detalhes, não à toa que o figurino é impecável, totalmente idêntico ao anime, mesmo com os efeitos toscos. A série se encaminha muito bem até o terceiro episódio, tentando uma proposta mais séria e sem o humor escrachado do clássico. As cenas de ação e dramáticas são tão bem executadas, mas os problemas começam no quarto episódio ao se tornar corrido, personagens como Toguro, que ainda demoraram para surgir e serem apresentados com calma, pipocam na tela ou o fato de que os protagonistas precisam se tornar hiper fortes do nada, Aliás, as lutas finais, (adaptações da “Saga do Torneio Sombrio” ), perdem peso e importância.

É triste que “Yu Yu Hakusho” tenha começado com tanta potência e no final se perca no mesmo erro de várias produções similares. Tentar resumir 50 episódios de animação em dois de live-action, tendo que sacrificar o desenvolvimento de personagens e o porquê deles serem tão queridos. Nostalgia é um fator importante para se gostar de uma produção, mas nenhum produto de qualidade pode se manter apenas se baseando em nostalgia. A série está em cartaz na Netflix.

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