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Ana Frango Elétrico faz show vibrante no Circo Voador

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Responsável por um dos melhores discos nacionais de 2023, Ana Frango Elétrico confirmou o prestígio da atual fase da carreira lotando o Circo Voador na noite de sábado (27). Lançado em 20 de outubro, “Me Chama de Gato que Eu Sou Sua” traz uma mistura de indie, MPB, Funk, Eletropop, Jungle/D&B, Pop, Disco, Hip-hop alternativo/rap, Soul contemporâneo, House muito bem engendrada que caiu no gosto da crítica e abraçado calorosamente pelo público que já havia sido conquistado pelas pérolas Mormaço Queima, de 2018, e “Little Electric Chicken Heart” (2019).

Ana é oriunda das artes plásticas, a música aconteceu meio que por acaso, quando suas músicas, criadas sem grandes pretensões, começaram a fazer sucesso no meio alternativo, criando uma demanda por shows e ela resolveu investir. O nome artístico vem das piadas que faziam com seu avô por conta do nome de família, de origem russa, Fainguelernt. Daí ela viu no apelido do avô um sobrenome artístico bastante peculiar.

Todas as faixas de “Me Chama de Gato” foram tocadas no show, embora não na ordem, nem em sequência. ‘Let’s Go To Before Again’, abriu os trabalhos, seguida de ‘Coisa Maluca’, também do lançamento de 2023. ‘Tem Certeza?’ foi a primeira música de “Little Electric Chicken Heart” do repertório, e provou como o trabalho é querido pelo público, dada a resposta entusiasmada da plateia. Daí, Ana voltou para o repertório novo com ‘Boy of Stranger Things’, ‘Debaixo do Pano’, ‘Camelo Azul’, ‘Insista em Mim’ e ‘Nuvem Vermelha’. A essa altura, o Circo Voador já estava inebriado pelas experimentações sonoras vibrantes da cantora.

‘Promessas e Previsões’ e ‘Chocolate’ formaram uma dobradinha saída do álbum de 2019. ‘Se No Cinema’ contou com a participação de Índio da Cuica e também de Rodrigo Maré. Em ‘DELA’, Ana recebeu JOCA.

A música ‘Não Tem Nada Não’ sofreu uma interrupção que parecia um problema técnico, mas logo em seguida uma nova paralisação. Daí foi feito um leilão improvisado (e inusitado) de um desenho da cantora. A música recomeçou e foi inserido um cover de ‘Gypsy Woaman’, sucesso das pistas de dança em 1991, de Crystal Waters. A festa seguiu com o hit ‘Eletric Fish’, que agitou as estruturas da lona, e ‘Dr Sabe Tudo’.

Parecia ser o fim, mas ainda havia espaço para um bis. A saideira contou com duas faixas do disco de estreia, ‘Farelos’ e ‘Roxo’. A noite se encerrou com uma verdadeira pândega sonora em ‘Mulher Homem Bicho’ e todos os músicos e convidados no palco em uma mistura de rave com a anarquia indiscriminada dos blocos de carnaval que já estão ditando o ritmo da cidade.

Ana Frango Elétrico é aquela artista que consegue levar ao palco o conceito pretendido em estúdio com a energia necessária para criar um show vibrante, e o Circo, com seu histórico de abrigar artistas com propostas artísticas amplas e que defendem um discurso em prol das minorias é o lugar mais adequado para a cantora executar seu novo trabalho. O espírito da lona, que estreou naquele verão de 1982 como sendo o quartel-general da vanguarda, é preservado graças a apresentações como a proporcionada por Ana.

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