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Nosso Lar 2: Os Mensageiros adapta e expande o espiritismo no cinema

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Produções audiovisuais com temática de espiritismo estão dentro da realidade brasileira, grandes clássicos da novela como “Alma Gêmea” ou “Sexo dos Anjos”, e mais recentemente tivemos longas de cinema com enredos que tratam de grandes pessoas dentro do espiritismo brasileiro, como Chico Xavier e a grande produção Nosso Lar, que agora tem sua continuação chamada Nosso Lar 2: Os Mensageiros. Bem, não é exatamente uma continuação, André Luiz escreveu muitos livros sobre a vida na colônia Nosso Lar no mundo espiritual, através de Chico Xavier, agora esta sequência chega aos cinemas com o intuito de desenvolver a temática.

No primeiro filme, André (Renato Prieto) é o protagonista e seguimos sua jornada após a morte nos vales sombrios de sofrimento até sua ascensão a colônia de Nosso Lar. Neste novo longa, vemos André ingressando em um grupo de espíritos que agem como mensageiros de luz na Terra, guiando médiuns que podem ajudar a espalhar a mensagem da iluminação espiritual. Ainda que André Luiz esteja com o grupo, ele age mais como testemunha do que como de fato um protagonista.

Cabe a Aniceto, personagem de Edson Celulari ser, de fato, o protagonista que age diretamente como força motriz do roteiro. Ele é um espírito de esferas superiores, ou seja, mais iluminado espiritualmente que os outros. Aliás, Celulari entrega uma atuação muito bem alinhada com o tom que esse personagem deveria ter, uma figura de maior sabedoria e tranquilidade. Ao passo que ele também sente o peso do fracasso como mentor, através do espírito de Otávio (Felipe de Carolis) um médium que acaba tornando-se um espírito obsessor que busca vingança contra seu antigo mentor.

O roteiro do diretor Wagner de Assis consegue condensar muito bem um narrativa linear com ensinamentos espíritas, já que o processo de iluminação é eterno, não só no sentido de desenvolvimento do filme, mas como construção espiritual (um espírito iluminado pode decair para a escuridão e encontrar o caminho novamente). Aliás, independente da crença ou religião que o diretor espera do público, esta continuação tem como objetivo levar o mundo kardecista criando um universo cinematográfico muito interessante de assistir.

Além disso, fica bem evidente que orçamento desta produção é consideravelmente menor que o longa de 2010, contudo a direção trabalha muito bem o que tem e entrega um resultado crível dentro das suas possibilidades. Não podendo usar de grandes efeitos especiais, o diretor prefere brincar com cores e luminosidade para dar o tom da cena. Mostrando que as adversidades muitas vezes agem a favor do filme, se o diretor tiver mão para lidar com elas.

Nosso Lar 2: Os Mensageiros não chega a ter a grandiosidade de seu antecessor, mas compensa com um roteiro poderoso e profundo capaz de tocar o público, independente se ele vai tratar o filme como verdade ou ficção.

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