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Nova exposição sobre Burle Marx propõe novas leituras sobre seu acervo

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O Instituto Burle Marx e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) anunciam a exposição “Lugar de estar: o legado Burle Marx” que propõe novas leituras sobre o acervo documental do trabalho de Roberto Burle Marx (1909-1994) e de seus colaboradores, no escritório onde foram concebidos mais de 2 mil projetos paisagísticos entre os anos 1930 e 1990.

Burle Marx

“Organizamos uma exposição que parte do trabalho do Escritório Burle Marx e nos incita a pensar questões que afetam o presente e futuro de nossas cidades e dos espaços que compartilhamos”, informa Pablo Lafuente. O direito à cidade, o ativismo ambiental, a sociabilidade nos espaços públicos e as espécies botânicas como patrimônio são temas abarcados pelo legado Burle Marx a partir da década de 1930, que emergem do acervo salvaguardado pelo Instituto desde a sua criação, em 2019.

“São sete décadas de contribuição para a sociedade, discutindo sobre as cidades, a relação entre seres humanos e natureza, a importância dos espaços democráticos de convívio social e bem viver”, afirma Isabela Ono.

Segundo Beatriz Lemos, a exposição propõe um olhar contemporâneo “que tem no Parque do Flamengo o mote conceitual que nos leva a outros projetos no Rio de Janeiro, no Brasil e no exterior. Nos interessa pensar como esses espaços foram ressignificados ao longo do tempo”.

Paisagista, artista multifacetado e nome incontornável do modernismo brasileiro, Roberto Burle Marx foi autor do projeto dos jardins do MAM Rio, instituição na qual acontece a terceira exposição do Instituto. Para ampliar o diálogo sobre o acervo, composto por cerca de 150 mil itens, o discurso curatorial partiu dos temas que surgem de 22 projetos do paisagista e sua equipe.

Em mil metros quadrados de área expositiva, a narrativa se constrói a partir de projetos que pensavam cidades, estudos, croquis, desenhos, fotografias e recortes de jornal somados às obras dos artistas convidados: João Modé, Luiz Zerbini, Maria Laet, Mario Lopes, Rosana Paulino e Yacunã Tuxá. Os seis foram instigados a reverberar o legado Burle Marx por meio de trabalhos produzidos especialmente para a mostra ou já existentes.

“O intuito é que esses artistas nos ajudem a explorar temáticas levantadas a partir do diálogo com o acervo”, comenta Lemos. A curadoria destaca a relevância de reunir um grupo de gerações, origens e práticas distintas. “É uma amostra dos diferentes caminhos que a obra de Burle Marx faz possíveis”, sintetiza Pablo Lafuente.

“Lugar de estar: o legado Burle Marx” reúne cerca de cem itens, em uma expografia que remete aos “lugares de estar” criados como espaços públicos pelo paisagista e seus colaboradores, com áreas de contemplação, encontro, experimentação e simplesmente de estar. A mostra conta também com entrevistas em vídeo – algumas do acervo e outras gravadas para a ocasião, com depoimentos dos colaboradores sobre a experiência de trabalho no Escritório.

Usar a memória oral na exposição foi uma forma de destacar o caráter coletivo e colaborativo do legado Burle Marx, segundo Isabela: “Ao longo de sua história, o Escritório Burle Marx teve o compromisso ético-estético de pensar a coletividade ao construir esses espaços públicos e democráticos. Do croqui ao projeto, até o jardim executado, refletem um desejo de utopias de cidades mais verdes e plurais”.

SERVIÇO:
LUGAR DE ESTAR: O LEGADO BURLE MARX
Curadoria: Pablo Lafuente, Isabela Ono e Beatriz Lemos
Visitação: 28 de janeiro até 26 de maio de 2024
MAM Rio End: av. Infante Dom Henrique, 85
Aterro do Flamengo – Rio de Janeiro
Tel: (21) 3883-5600
https://www.mam.rio/
Instagram: @mam.rio

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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