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Jeff Alan em individual na CAIXA Cultural Rio de Janeiro

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A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta a exposição individual “Comigo Ninguém Pode – A Pintura de Jeff Alan”, que exibe as feições, texturas e tons retintos de personagens reais da periferia do Recife, representados em 40 obras do artista visual pernambucano, muitas delas inéditas. Aliás, na abertura, o artista Jeff Alan participará de visita guiada para trocas com o público sobre os significados de sua produção e processo de criação.

Entre as obras selecionadas pela curadoria de Bruno Albertim, as pinturas de pessoas pretas preenchem as molduras dos quadros, dando a elas o protagonismo que historicamente lhes foi negado, um traço político que fundamenta a trajetória artística de Jeff. A narrativa da exposição individual do artista tem completa relação com o Rio de Janeiro e o cotidiano das favelas.

“Hoje a gente vê a explosão do figurativismo negro e periférico. Esse rosto que aparece nas obras é o mesmo rosto negro que foi silenciado durante anos no Rio de Janeiro. A gente ficou muito surpreso com o diálogo estabelecido com o público. Agora, no Rio, a gente espera encontrar espectadores que estejam ansiosos por entender que estamos querendo mudar a curva da construção das identidades visuais”, defende o curador.

Expostos pela primeira vez no Rio de Janeiro, os 40 trabalhos figurativos presentes na exposição em dimensões diversas, em acrílica sobre tela e desenho sobre papel, retratam o cotidiano e o movimentar das ruas por onde passam personagens que protagonizam a obra do artista.

Jeff é daltônico e pinta desde a infância motivado pela sua mãe, Lucilene Mendes. É no Barro, onde vive e mantém seu ateliê, na Zona Oeste do Recife, e em outras comunidades periféricas que ele encontra seu material poético. A dedicação em usar seus pincéis evidencia os traços estéticos das gentes simples que compõem o tecido urbano de áreas vulnerabilizadas.

“Eu sou um artista de periferia. Nasci e me criei nas quebradas. É onde eu quero viver, respirar e vivenciar, é de onde vem minhas referências, onde meu coração pulsa mais forte. Eu preciso estar nos lugares onde vivem famílias pretas. Quero dialogar com a juventude preta e periférica do Rio, que tem tantos sonhos em comum com a juventude de outros lugares semelhantes do Brasil. Sabendo que no Rio tem tantos artistas pretos com proposta de trabalho parecida é bem importante”, declara o artista.

O artista já teve obras expostas em países como França e Inglaterra e conquista cada vez mais atenção do público e crítica, despontando como um dos principais nomes das artes visuais pernambucana e do mercado de arte contemporânea brasileira.

A exposição contará, ainda, com legendas em braile e QR code com a audiodescrição das peças, que destacam os traços e biotipos de crianças, jovens e adultos negros que entrecruzam o caminho do artista.

SERVIÇO:
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Unidade Passeio – Rua do Passeio, 38, Centro
Data: 21 de fevereiro a 14 de abril de 2024
Visitação: de terça a sábado, das 10h às 20h | domingos e feriados, das 11h às 18h
No dia 21 (quarta-feira) a visita guiada e bate-papo com o público começa às 18h30.
No dia 22 (quinta-feira), às 17h, eles recebem o público para a segunda visita guiada.
Classificação: Livre / Entrada gratuita
Acesso para pessoas com deficiência

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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