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Lena Dunham, estrela de ‘Girls’, lança ‘filme fofo’ em Berlinale

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Responsável por uma revolução feminista na teledramaturgia dos anos 2010 com a série da HBO “Girls”, que lhe rendeu o Globo de Ouro, a atriz e roteirista Lena Dunham fez a Berlinale chorar ao dar ao evento o que se chamou de “o filme fofo do momento” com Treasure, dirigido pela alemã Julia von Heinz. Aliás, o fato de Lena ser definida pela crítica europeia como um signo de empoderamento, é o que torna o longa-metragem um ímã de holofotes e de elogios na Alemanha. A seu lado está um mito queer da cultura Pop, o ator inglês Stephen Fry, tema de música de Zeca Baleiro e famoso por ter exposto a Jair Bolsonaro numa entrevista de 2013.

No longa ambientado na década de 90 e baseado no livro “Too Many Men”, lançado por Lily Brett em 1999, sobre uma viagem a regiões da Polônia que guardam marcas do Holocausto. Stephen Fry e Lena Dunham interpretam pai e filha, ela é nova-iorquina e ele é um imigrante polonês.

“É um filme sobre o quão mundano o amor familiar pode ser, e nasceu de uma troca com Julia, a autora do livro, que falou comigo via Zoom até abrir caminho para que a pesonagem de Ruth se pusesse de pé”, disse Lena à Berlinale, depois de fazer um inflamado discurso contra práticas de intolerância. “A extrema direita está aqui e está nos EUA. Com ela, discursos homofóbicos, transfóbicos e racistas crescem e ameaçam”.

Exibido na seção Berlinale Special do festival, fora de concurso, Treasure é a experiência audiovisual de maior destaque de Lena depois de “Girls”. Em 2019, ela participou de Era Uma Vez… Em Hollywood, entre os hippies do blockbuster de Quentin Tarantino, mas aquele trabalho era uma participação afetiva. Agora, no longa de Julia, ela brilha em todas as sequências, tendo Fry ao sei lado. Lena conta, “A gente teve o luxo de filmar com o Seinfeld da Polônia, o ator Zbigniew Zamachowski, que era popular por todo o lado onde a gente rodou esse longa”. Ela completa, “Certamente, gosto de arriscar por registros de gênero diferentes”.

Em Treasure, Ruth está em crise pelo fim de seu casamento e pela morte da mãe. A fim de estreitar laços com seu pai, ao fazer uma pesquisa sobre os expurgo de judeus, pelos nazistas, ela decide viajar com o pai até a pátria natal dele. Lá, os dois vivem uma catarse afetiva, distinta de todas as aventuras cômicas da atriz na TV.

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