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O Terno encerra turnê nos braços da fanbase no Circo Voador

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O público que lotou o Circo Voador na noite de ontem (29), com as letras das músicas na ponta da língua, confirmou o status da banda O Terno como a mais querida da nova geração. Não é exagero afirmar que o trio paulista é o sucessor legítimo do Los Hermanos no que tange à capacidade de mobilizar corações e mentes em torno de suas composições.

O Terno

Era o encerramento da turnê do álbum “Atrás/Além”, e a lona da Lapa carioca era o local bastante adequado para a celebração, afinal, foi ali que Tim Bernardes (voz, guitarra e piano), Guilherme D’Almeida (baixo) e Victor Chaves (bateria, substituído em 2015 por Biel Basile, no posto até hoje) deram um passo fundamental na escalada rumo ao sucesso, em 2012.

O Terno conquistou o público indie com a sua mistura de rock alternativo, bossa nova, samba e, principalmente, rock dos anos 60. Em pouco tempo viraram sensação entre os descolados, acumulando elogios da crítica e arregimentando uma crescente legião de seguidores fiéis.

A faixa-título do álbum divulgado na turnê abriu os trabalhos. O trio com seus “uniformes” brancos, acompanhado de um quarteto de sopro, foi acompanhado pelo coro da plateia, o que se repetiu até o final da apresentação. Quando os integrantes diziam que aquele era o público mais bonito, não parecia ser mera diplomacia. Ninguém, sobretudo no gargarejo, estava preocupado em poupar a voz. As faixas seguintes, “Tudo Que Eu Não Fiz” e “Pegando Leve”, também fazem parte do mais recente trabalho. Foram seguidas de “A História Mais Velha do Mundo” foi o primeiro “clássico” da noite, do álbum “Melhor do Que Parece”, de 2016.

A prova de que o novo disco foi bem recebido é que o setlist privilegiou suas músicas e foram todas recebidas com o mesmo entusiasmo das mais antigas como “Ai, Ai, Como Eu Me Iludo”, “Bote ao Contrário” e “Eu Vou Ter Saudades”.

No meio do show, o quarteto de sopro saiu de cena e a banda assumiu a configuração guitarra, baixo e bateria nas músicas “Pra Sempre Será”, “Eu Vou”, “Minas Gerais” e “O Cinza”. Foi nesse momento em que o trio voltou às raízes como banda indie batalhando por um lugar ao sol em uma quase intransponível indústria fonográfica brasileira no início dos anos 2010. Ali os efeitos de luz dos holofotes que compõem o cenário com um fundo branco, ganham tonalidades de vermelho, azul e laranja que reforçam o clima mais intimista.

Com os músicos de apoio de volta ao palco, o baile seguiu com “Volta e Meia”. Nesse segmento final do show chamou a atenção dos três como a plateia cantou a faixa “Volta”, do álbum de 2016. “Nunca vi um público cantar essa música assim”, exclamou Tim Bernardes. “Passado/Futuro” e “Melhor do Que Parece”, ambas de “Atrás/Além”, encerraram o tempo regulamentar. Segundo a banda, as letras do último álbum fazem mais sentido agora, quando chegaram ao “além” projetado no “atrás” (no caso, há cinco anos), passada a pandemia e dificuldades tendo sido superadas. O trio se despediu, porém os mais atentos sabiam que haveria mais. O bis trouxe o cover de “Um Sonhador”, sucesso de Leandro e Leonardo com uma interessante roupagem indie, e a já clássica “66”, do primeiro álbum. Nesse momento, o vocalista se posicionou na beira do palco para um contato direto com os fãs, inclusive autografando algumas edições em vinil de álbuns da banda.

O show do Circo Voador deixou claro a força do Terno como o maior nome do rock nacional surgido na última década. De fato, o gênero deixou completamente o mainstream, mas, ainda que em uma escala menor do que se viu nos anos 80, 90, e até 2000, ainda possui força para unir fãs concatenados a canções que demonstram ter relevância para se perpetuar.

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