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Festival Internacional Pequeno Cineasta chega a sua 10ª edição

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Mostrar o mundo através do cinema pelo olhar da infância e da juventude , essa é a principal premissa do Festival Internacional Pequeno Cineasta (FIPC), que chega a sua 10ª edição trazendo um panorama da produção audiovisual nacional e internacional, criada exclusivamente por crianças e jovens, entre 8 e 17 anos.

Marcado entre 01 e 19 de maio de 2024, o festival, que conta com o patrocínio do Banco do Brasil, vai ocupar paralelamente o Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, além do Instituto Cervantes, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Arena Dicró, com diferentes mostras de curtas-metragens de todos os gêneros (ficção, documentário e animação), além de uma programação gratuita de workshops, oficinas, debates e muito mais.

Desde que foi criado, em 2010, o FIPC já exibiu 1500 filmes, de 44 países, alcançando um público estimado de 45 mil pessoas. Assumindo mais uma vez seu compromisso com a diversidade e a representatividade cultural, em sua 10ª edição, o FIPC apresenta cerca de 80 títulos, vindos de diversos países, como Bélgica, Cabo Verde, Coréia, Espanha, Estônia, Grécia, Itália, Portugal, Argentina, Índia, Polônia, Canadá, Ucrânia, e de diversas partes do país, como Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Bahia, São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro, que tratam sobre os principais temas da infância e da juventude sob a perspectiva de quem está vivenciando elas.

“O grande diferencial do Festival Pequeno Cineasta é que não são adultos falando sobre as crianças e jovens. São eles falando sobre eles e do que consideram importante naquele momento, o que, a cada edição, nos traz um olhar atualizado sobre as questões que norteiam essas importantes fases da vida”, diz a cineasta e produtora Daniela Gracindo, idealizadora do festival.

A experiência do isolamento forçado por conta da Covid-19, por exemplo, é um dos temas abordados, especialmente nas produções infantis, mostrando os impactos que a pandemia trouxe para essa faixa-etária. Outras questões como solidão, relação intergeracional, cultura, povos originários e respeito à diversidade, seja de gênero, raça ou religião também se destacam em diversos filmes. “A seleção apresenta um panorama da vida, da cultura e das preocupações das crianças de hoje, nos mais diferentes tipos de família, classe social e países. Além desses temas, também observamos muitas histórias de aventura, mistério, fantasia e thrillers de terror”, conta Luciana Bessa, coordenadora pedagógica do festival.

Um dos destaques da programação é a participação especial do longa “Um filme cinema” (2017), de Thiago B. Mendonça, que conta a história de Bebel, filha de um diretor de cinema em crise, que quer fazer um filme com seus amigos para um projeto escolar. “É um filme que tem tudo a ver com o festival. Nos convida a mergulhar na história do cinema do ponto de vista de uma criança, que se aventura em convencer os adultos que ela pode sim realizar um filme, mesmo sendo criança. E nessa trajetória aprendemos muito com a Pequena Cineasta Bebel.”, diz Daniela.

As mostras competitivas são divididas em quatro categorias: Nacional e Internacional Criança (8 a 12 anos); Nacional e Internacional Jovem (13 a 17 anos). Todas serão exibidas no CCBB e parte delas nos outros pontos culturais da cidade (ver programação completa abaixo). Ao fim de cada sessão, o público (apenas crianças de 8 a 17 anos) pode votar em seu preferido em cada uma delas. Além do Júri Popular, os filmes também são analisados por um Júri Oficial.

Aliás, pela primeira vez, o FIPC vai acontecer paralelamente em São Paulo. Excepcionalmente no fim de semana dos dias 11 e 12 de maio, a mostra competitiva será exibida no Teatro Conchita de Moraes, em Santo André, no ABC Paulista, e o público também terá a chance de votar em seu favorito. Os vencedores em cada categoria levam para casa um troféu e uma claquete profissional da Kodak.

Fora de competição, o FIPC apresenta mais três mostras: Mostra Sustente Sua História, que acontece no Museu do Meio Ambiente, com curtas nacionais e internacionais que abordam temas ambientais; Mostra Oficina Pequeno Cineasta, exibida no CCBB e na Arena Dicró, apresentando filmes feitos por alunos da oficina homônima, ministrada por Daniela Gracindo ao longo do ano; além de uma Mostra Especial Hispânica, realizada no Instituto Cervantes, que traz curtas de língua espanhola, vindos da Argentina e Espanha.

PROGRAMAÇÃO PARALELA – além da exibição de filmes, todos os anos o FIPC traz uma programação paralela também gratuita com workshop, oficinas e mesa redonda.

No Instituto Cervantes, está programado o workshop “Cinema na Sala de Aula”, voltado exclusivamente para educadores, ministrado pelo argentino Carlos Gil, que vem ao Brasil pela primeira vez. Fundador e presidente da Filmoteca Mar del Plata, na Argentina, e professor. Especialista em público infantil e políticas públicas culturais e educacionais, Carlos irá apresentar aos educadores conceitos sobre roteiro, filmagem e pós-produção, e como criar histórias a partir de três eixos básicos: personagem, situação, lugar. Os participantes também terão conhecimento de fotografia, tomadas e enquadramentos, iluminação, atuação, cenários, cenografia, som, música, figurinos e maquiagem, além de efeitos especiais, produção de ficção ou animação, entre outras técnicas. O objetivo é fornecer ferramentas para que os professores tornem seus alunos aptos a criar e dirigir seus próprios filmes.

Ainda no Instituto Cervantes, acontece a tradicional “Mesa Redondinha”, que promove o debate entre alunos do Rio de Janeiro e cineastas internacionais por videoconferência com o objetivo de proporcionar a troca de experiências sobre o processo de realização de um filme. Nesta edição, o tema em debate será “Afetos na adolescência LGBTQIAP+” com a participação de pequenos cineastas do Brasil e dos Estados Unidos, mediados por Ana Dylon, criadora do programa Imagens em Movimento, projeto de ações formativas em Cinema, Expressão Corporal e Música Brasileira para alunos e professores de escolas públicas. Durante o encontro serão exibidos os curtas “Benched” (Banido), do americano Alexander Salomon (17 anos); “Meu Nome É Dhyovanna”, dos alunos cariocas do programa Imagens em Movimento (entre 15 e 17 anos); e “Assumir”, da paulista Sophia Proficio (16 anos). Ao final, o debate é aberto ao público.

OFICINAS – Para crianças e jovens entre 10 e 17 anos, o festival promove duas oficinas. Na “Oficina de Animação Ambiental”, ministrada por Dudu Guimas, no Museu do Meio Ambiente, os participantes aprendem sobre a técnica de animação em Stop Motion, através da utilização de diversos materiais disponíveis na natureza, como folhas, plantas, sementes, pedras e flores.

Já na “Oficina Claquete”, ministrada por Felipe Leibold, no CCBB, os alunos têm a oportunidade de conhecer os conceitos básicos da linguagem cinematográfica e as principais funções de uma equipe de cinema, através da experiência de realizar uma cena. O trabalho realizado pelo grupo será disponibilizado aos integrantes posteriormente em arquivo digital.

Para participar de ambas as oficinas, as inscrições devem ser feitas gratuitamente pelo site oficial do FIPC www.pequenocineasta.com.br

A cerimônia de encerramento acontece dia 19 de maio, no CCBB, com a premiação e exibição dos filmes vencedores em sessão aberta ao público.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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