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Valentim Valentinho” chega ao Rio de Janeiro em curtíssima temporada

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Prestes a completar 100 apresentações, a peça “Valentim Valentinho” chega ao Rio de Janeiro em curtíssima temporada no Teatro EcoVilla Ri Happy, no Jardim Botânico. Na bagagem, o Prêmio APCA 2023 de Melhor Direção Infanto-Juvenil para Marcelo Varzea e Erica Rodrigues, que repetiram o feito na premiação “Pecinha é a Vovozinha”, oferecido também à autora Fran Ferraretto nas categorias Melhor Espetáculo e Melhor Dramaturgia. No espetáculo, Valentim vive com a mãe em uma vila, onde também moram seus melhores amigos. Prestes a completar 11 anos, o menino sonha em ganhar coragem de presente de aniversário.

Temas como medo, bullying, opressão e racismo são tratados com muita delicadeza e responsabilidade dentro da trama, que se desenvolve com descobertas importantes para a infância sem perder a diversão e leveza. Entre confusões e reviravoltas, muito aprendizado acontece. O desejo de realizar seu segundo espetáculo infanto-juvenil autoral partiu da observação atenta da autora Fran Ferraretto sobre a criação das crianças. Enquanto às meninas é comumente naturalizada a possibilidade de trabalhar os sentimentos, muitas vezes, na criação de meninos, é gerada uma negação desses sentimentos, o que acaba gerando desdobramentos negativos em suas vivências.

“Eu quis refletir sobre o medo na criação dos meninos, o que é um tema muito sensível desde sempre para eles. A negação da existência desse sentimento tão comum pode ser muito tóxica em qualquer educação. Resolvi colocar a mão na massa e desdobrar esse assunto para aceitação de nossas vulnerabilidades, e refletir sobre um tema que afeta todo mundo. E deu muito certo, a peça tem chegado em adultos e crianças de forma muito bonita e especial”, celebra a autora, que também escreveu “A Minicostureira”, onde abordava o universo das meninas, mas sem restrições.

Um dos destaques da temporada de 2023 em teatro para as infâncias, tendo somado um público total de mais de 10 mil pessoas, a montagem inédita em terras cariocas participou do Festival de Curitiba deste ano como atração convidada e teve plateia lotada em suas sessões. “Fui um garoto que não gostava de jogar futebol, e isso é um inferno na vida de um menino. Você fica à margem, sem pertencimento, sofre muito bullying e julgamento. Eu, menino, sonhava em ter nascido num país onde o futebol não fosse uma paixão nacional. Esse fato me fez ser uma ‘criança estranha’ e, dessa espécie de isolamento, nasceu meu interesse pela leitura, pela prosa e pelo ser humano com todas as suas idiossincrasias. Desse descompasso nasceu o menino que protegia os que sofriam ainda mais com os algozes da minha infância, o idealista, o questionador da sociedade e, enfim, o artista”, relembra o diretor Marcelo Varzea.

O sucesso da peça foi tamanho que “Valentim Valentinho” também virou livro pela Editora Patuá e, pela publicação, a autora Fran Ferraretto acaba de receber um prêmio em Genebra (Suíça) como Escritora Revelação. “O livro foi uma coisa que eu nem conseguia sonhar, apesar de já saber da força da história. Quando veio o prêmio internacional para a versão literária e a exposição no Salão do Livro de Genebra, só conseguia pensar que esse projeto tem mesmo uma missão diferente e inegável. Me sinto completamente feliz e grata por tantas conquistas. Sei da potência dessa história que inventei, mas todo esse sucesso é resultado de bastante trabalho de muitas pessoas que também acreditaram nesse sonho. Só desejo que ‘Valentim Valentinho’ continue encontrando corações por aí, seja na versão livro ou espetáculo”, vibra a orgulhosa autora.

Abordar temas como bullying, opressão, medo e racismo para crianças dentro de um contexto cênico é, para a diretora Érica Rodrigues, urgente em todas as esferas. “O teatro infanto-juvenil cumpre um papel importantíssimo não só na formação cultural dentro do desenvolvimento infantil, mas também em deflagrar questões que estão sendo vividas nas relações sociais e familiares da criança, que nem sempre são discutidas e abordadas. Dá a oportunidade da criança ‘ver’ aquilo que ‘sente'”, salienta Erica.

A repercussão de sua história em crescente escala surpreende Fran, que não a desenvolveu achando que chegaria tão longe. “Não esperava tanto alcance assim, mas tem projetos que nascem e chegam no público de forma especial desde o primeiro instante. A recepção do público e da crítica sempre foram as melhores possíveis. Tenho consciência de todos os desafios de fazer teatro para crianças no Brasil, existe ainda muito preconceito e resistência. Por isso mesmo vejo com uma imensa alegria tudo que temos conquistado”, finaliza Fran.

O espetáculo narra a história de um menino prestes a completar onze anos e que sonha em ganhar coragem de presente de aniversário. Valentim vive com a mãe em uma vila, onde também moram seus melhores amigos. Temas como medo, bullying, opressão e racismo são tratados com muita delicadeza e responsabilidade. A trama se desenvolve com descobertas importantes para a infância sem perder a diversão e leveza. Entre confusões e reviravoltas, muito aprendizado acontece.

SERVIÇO:
“VALENTIM VALENTINHO”
Temporada: 1º a 16 de junho / Dias da semana: Sábados e domingos às 11h
Local: Teatro EcoVilla Ri Happy (Rua Jardim Botânico, 1008 – Jardim Botânico)
Ingressos em https://www.eventim.com.br

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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