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“Entre a pele e a alma” no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

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“Entre a pele e a alma”, coreografia inédita que a Focus Cia de Dança, estreia nacionalmente no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

A cada nova viagem, a trabalho ou passeio, Alex Neoral marca presença em museus e instituições culturais Brasil adentro e mundo afora. Leva-se de corpo inteiro para imersões que insere em seus vocabulários internos de criação. Foi um impacto se deparar com a célebre pintura do tríptico O Jardim das Delícias Terrenas, no acervo do Museu do Prado, Madri, Espanha. Nela, o pintor holandês Hieronymus Bosch (século XVI) propõe olhar o corpo numa interpretação entre o sagrado e o profano, experienciando a mais absoluta liberdade, a partir da origem da humanidade, numa interpretação única.

“Entre a pele e a alma” parte de Bosch e vai além. Nesse ano de 2024, Alex Neoral celebra trinta anos de consagrada trajetória profissional. A coreografia envolve o infinito particular que habita Neoral, carioca de Botafogo e cidadão do mundo. A exuberância da estética do Carnaval (ele trabalha na direção artística de comissão de frente) está em “Entre a pele e a alma”. Além disso, outro traço marcante é a paixão de Neoral por música, ele é pianista amador.

Aliás, e em Ney Matogrosso que ele encontra a síntese de “Entre a pele e a alma”. Ney aceitou o convite sem titubear para interpretar a trilha original, composta por Sacha Amback e Paula Raia. Mais: João Pimenta, conceituado estilista de São Paulo assina os figurinos, alguns praticamente reproduzem os inconfundíveis figurinos de Ney Matogrosso ao longo de sua carreira. Para a criação do impactante visagismo, o renomado Fernando Torquato se junta ao time da ficha técnica, que já conta com Natália Lana assinando a cenografia do espetáculo, iluminado pelo designer de luz Anderson Ratto.

“A carne do nosso corpo é o elo entre a pele e a alma, desde Adão e Eva, como configura Bosch em ‘O Jardim das Delícias Terrenas’. Ao longo da civilização, tutelar o corpo gerou vasta gama de códigos religiosos, de leis de moralidade que ainda hoje, no século XXI, imputam em alguns lugares do planeta metodologia para uso de indumentárias permitidas para ocultar, sobretudo a mulher, em regimes políticos extremistas. Mas não é a isso a que Entre a pele e a alma se refere. É também, mas há muito mais. Estamos no Brasil, que pára no período de Carnaval, festa pagã que permite deleite e transgressão. Ao longo da coreografia, o erotismo aparece, os movimentos também transitam pelos sete pecados capitais e, como na pintura de Bosch, há a redenção ao divino que, para nós, surge na figura do Ney Matogrosso como nosso Deus”, explica o coreógrafo e diretor Alex Neoral. Aliás, “Entre a pele e a alma” traz participação por voz, da atriz Lucinha Lins. Ela interpreta um texto de Paula Raia.  

Serviço:
Theatro Municipal do Rio de Janeiro (Praça Floriano, S/N – Centro)
Ingressos em https://feverup.com/pt/rio-de-janeiro/theatro-municipal-do-rio

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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