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“João e Maria – Opereja” realiza sua curta temporada carioca

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“João e Maria – Opereja” realiza sua curta temporada carioca. O musical homenageia a cultura do sertão brasileiro no mês de celebração das festanças Juninas. Inspirada na ópera original “Hänsel und Gretel” do compositor alemão Engelbert Humperdinck, sobre a clássica história dos irmãos que se perdem na floresta, a releitura mineira ganha acento sertanejo. Elementos do folclore e canções regionais cantadas ao vivo levam o público à paisagem agreste.

“É a primeira vez que adaptamos uma ópera. Normalmente bebemos diretamente nos clássicos da literatura. Portanto, diferentemente de um musical padrão, o espetáculo é cantado do início ao fim”, conta Fernando Bustamante, diretor artístico da Cyntilante Produções.

A ideia inicial, lembra Bustamante, era que “João e Maria – Opereja” inaugurasse uma trilogia de óperas para criança, sendo seguida de “A flauta Mágica” e “Aida”. “Mas veio a pandemia e a gente teve que arquivar o projeto. É um alívio e uma alegria poder circular com o trabalho Brasil afora”, conta.

Conto da tradição oral, com origem na idade média, e escrito pelos irmãos Grimm, João e Maria já ganhou diversas versões na literatura, no cinema e na ópera de Engelbert Humperdinck. “São poucas as montagens no Brasil, da ópera alemã, que é muito popular em países como Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra, durante as festas natalinas”, diz Fernando. Na trama original, uma família, em momento de escassez de alimentos, abandona os filhos na floresta. Os dois irmãos são deixados pelo pai, um lenhador. Ao tentarem voltar para casa, as crianças acabam se perdendo, e se encontram com a famosa bruxa da casa de doces.

Para recontar a história europeia dentro do universo e estética do sertanejo brasileiro, a cenografia foi toda confeccionada por materiais utilizados nos artesanatos nordestino e mineiro, como a juta, o vime e o sisal. Nos figurinos, aparecem elementos como bordados de renda e chita, em diversas tonalidades de terra. Segundo Fernando, os personagens da trama também ganham novas versões. “A bruxa é o Papa-Figo, a fada do Orvalho é a Comadre Fulozinha. O saci Pererê, os cangaceiros e bacuraus também habitam a caatinga, onde João e Maria se perdem quando vão colher Pequi para o jantar. Em vez de chocolate, a casa de doces é feita de tapioca, pé-de-moleque, bolo de rolo, cocada, doce de leite”, conta.

Os ritmos regionais ditam a atmosfera popular do musical. A partitura clássica original de Humperdinck foi transcrita para o xote, xaxado e baião. Na trilha, os instrumentos eruditos da orquestra, são substituídos pelo violão, rabeca, sanfona e zabumba.

Serviço:
Temporada: 08 a 16 de junho / Sábados e Domingos, às 16h
Teatro EcoVilla Ri Happy (R. Jardim Botânico, 1008 – Jardim Botânico)
Ingressos em Eventim

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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