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Marcelo Cidade apresenta pinturas inéditas e uma instalação na galeria Athena

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A Athena recebe a exposição individual de “Marcelo Cidade: Pânico na Zona Sul”, com curadoria de Fernanda Lopes. Essa é a primeira exposição individual do artista paulista na cidade do Rio de Janeiro.

Ocupando a Sala Cubo, Marcelo Cidade mostrará oito pinturas inéditas e uma instalação na fachada da galeria Athena. “Em mais de 20 anos de carreira, Cidade vem trabalhando a partir de normas, padrões e sistemas, que marcam o funcionamento e as relações tanto no espaço público, quanto no campo da própria arte. Pânico na Zona Sul releva aspectos dessa discussão em um projeto desenvolvido especialmente para a Athena”, aponta Fernanda Lopes.

O título da exposição parte da música homônima da banda Racionais MC, que aponta para questões de violência, injustiça e desigualdade social na Zona Sul de São Paulo. Curiosamente, a Zona Sul do Rio de Janeiro (da qual faz parte o bairro de Botafogo, onde se localiza a galeria Athena) concentra os bairros mais nobres da cidade, enquanto em São Paulo, a Zona Sul reúne a maioria dos bairros periféricos. Essa ironia da escolha do título da exposição também diz muito sobre a investigação artística de Cidade, pois destaca seu interesse em explorar e problematizar questões advindas da urbe, da arquitetura, e das problemáticas sociais.
É comum à sua pesquisa dilatar a relação entre as esferas pública e privada, principalmente no que toca aos tipos de controles sociais exercidos pelo estado. Seus trabalhos usualmente lidam com objetos do cotidiano como barricadas de concreto, cercas, correntes e outros elementos encontrados nas ruas, transformando-os em obras de arte. Em Pânico na Zona Sul o artista traz o portão como símbolo de controle e de passagem entre o espaço particular, da escala doméstica, e o espaço público, com as obras da série Sociedade Anônima.
Presas diretamente nas paredes da sala, as pinturas de tinta spray sob cobertores de doação imitam a forma dos portões característicos das casas de São Paulo. Ao olhar para as formas pintadas de branco, percebemos como os portões possuem semelhanças estéticas com as formas geométricas dos artistas construtivistas brasileiros da década de 1950. Não à toa, Cidade traz no centro da sala outras 3 pinturas em homenagem à 3 artistas construtivistas brasileiros: Ivan Serpa, Judith Lauand e Alfredo Volpi, com as obras intituladas Projeto (re)construtivo.

Além da abertura de Marcelo Cidade no sábado, a Athena também abrirá na Sala Casa a exposição individual Renata Leoa: Terra de ninguém, com curadoria de Fernanda Lopes. Segundo a curadora, “Renata Leoa e Marcelo Cidade são artistas que pertencem a gerações diferentes e que vem percorrendo caminhos particulares no campo da arte, mas vistas em conjunto, suas exposições simultâneas revelam ao público pontos de proximidade e diálogo entre suas pesquisas. Nas obras apresentadas na galeria Athena, eles não só compartilham o interesse pelo uso da pintura, como apontam para as ruas de suas cidades (Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente) como fonte de dinâmicas e imagens presentes em suas obras”.

Serviço:
Período da exposição: 11 de junho – 03 de agosto 2024
Horário: Terça-Sexta: 11h-19h | Sábado: 12h-17h
Local: galeria Athena(Rua Estácio Coimbra, 50, Botafogo)

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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