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“VAMO ACELERÁ ESSA FESTINHA” no Teatro Café Pequeno, no Leblon

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Histórias de mulheres contadas por mulheres, é nisso que acredita Katerina Amsler, atriz e idealizadora de “VAMO ACELERÁ ESSA FESTINHA”, monólogo escrito e estrelado por ela que volta aos palcos no Teatro Café Pequeno, no Leblon.

Dirigido por Julia Horta e nessa nova temporada supervisionado por Amir Haddad, a produção expõe a violência contra o corpo da mulher.

“VAMO ACELERÁ ESSA FESTINHA” conta a história de uma mulher que foi vítima do golpe “Boa noite, Cinderela”, narrando de maneira não linear o antes e o depois de mulheres que passam por eventos como esse.

Assumindo um tom hora documental, hora ficcional, a dramaturgia é costurada por situações dramatizadas e reais, contadas tanto pela personagem quanto pela atriz. O espetáculo começa dinâmico, com direito a interação com DJ e consumo de bebidas liberado, apresentando o contraste de diversão e perigo que permeia a própria experiência da personagem. Assim, o projeto busca instigar o questionamento e a denúncia da estrutura que sustenta a violência de gênero.

“Levar esse monólogo para os palcos é uma responsabilidade. A gente já sabe que existem muitos desafios em ser mulher e colocar seus projetos no mundo, então celebro muito cada vez que vejo uma mulher realizando um sonho. Por isso, também celebro poder compartilhar com o mundo um trabalho com essa força, e que toca em temas delicados e importantes”, reflete a atriz.

O projeto de “VAMO ACELERÁ ESSA FESTINHA” nasceu em 2020, durante a pandemia da Covid-19. Katerina se lembra do aumento de 50% no número de denúncias de violência doméstica contra a mulher no Brasil durante o período. Esse registro, somado à lembrança de um relato real de uma pessoa próxima a ela, inspirou a urgência em falar sobre os muitos tipos de agressões contra mulheres.

Urgência essa que ultrapassa o tempo, e renova o compromisso de Katerina dois anos depois das primeiras apresentações. Nesse meio tempo, a dramaturga reconhece não apenas o crescimento da produção, mas também o seu crescimento pessoal.

— O projeto começou como uma pesquisa sobre violência de gênero e logo se tornou uma cena curta, apresentada em alguns festivais virtuais que estavam acontecendo nesse período. Depois, ganhou uma versão online que foi premiada na categoria melhor obra de teatro filmado no Riowebfest 2022. Em 2021 foi contemplado pelo edital “Fomento à Cultura Carioca”, da Prefeitura do Rio e em julho de 2022 estreia como um espetáculo presencial. Eu já sou outra mulher desde então, muito mais corajosa e apropriada do que desejo com esse trabalho, quando comecei sentia muitos medos — recorda.

— Falar sobre violência de gênero a partir da perspectiva de uma mulher é também falar sobre um antes e um depois. Quem é essa mulher, e quem ela vai ser depois de um evento como esse? É sobre dar o protagonismo às mulheres, considerando que por muito tempo histórias de mulheres foram contadas por homens. Meu interesse é pensar a emancipação feminina como ferramenta para lidar contra as imposições e violências desse patriarcado — reforça Katerina.

Serviço:
Teatro Municipal Café Pequeno
Temporada 7 a 16 de junho
Horários: sextas e sábado 20h e domingos 19h
Classificação 16 anos
Ingressos: https://linktr.ee/vamoacelera

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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