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“Aimberê” faz nova temporada no Centro Cultural Justiça Federal 

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Nossos antepassados, há mais de 500 anos, e em diferentes momentos históricos, travaram batalhas em busca da sobrevivência. No entanto, historicamente pouco se falou sobre esses movimentos de resistência contra as ameaças trazidas pelos invasores. O espetáculo “Aimberê” inicia nova temporada no Centro Cultural Justiça Federal.

Com texto de Ademir Martins, direção de Pedro Bárbara e atuação de Eli Emiliano Corrêa, a peça conta a história das invasões portuguesas e francesas na Guanabara e da fundação da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, pela ótica de Aimberê, guerreiro Tamoio do povo Tupinambá.

A dramaturgia de Ademir Martins coloca Aimberê contando a própria história. E como herói-morto, o primeiro desafio que enfrenta é ressurgir em terras cariocas em 2024 dentro do teatro: uma casa mágica, a qual o personagem se refere e, que pode ser entendida também como um terreiro. O terreiro é o ponto de chegada e de partida de Aimberê; é o lugar onde ele se reconecta com o passado que viveu e dialoga com questões do século 21. No centro do terreiro, Aimberê enterra seus ancestrais e desenterra suas memórias.

“O espetáculo é uma justa homenagem a esses guerreiros, nossos ancestrais, que, a despeito de toda violência colonial, deixaram suas marcas na nossa existência como filhos desta terra”, descreve o ator e idealizador do projeto, o paraense Eli Emiliano Corrêa, também professor de história. “Cabe a cada um de nós, cidadãs, cidadãos, público em geral, conhecer, reconhecer e valorizar. Aimberê, líder da Confederação dos Tamoios, ao contar a sua trajetória, conta também a história do Rio de Janeiro e a história do Brasil contemporâneo, atualizando outras narrativas sobre as raízes das mazelas sociais que nos afligem até hoje”, completa.

A peça resgata a história do Brasil, a partir do século 16, durante a Guerra dos Tamoios. A partir desses acontecimentos, o monólogo reflete sobre a saga do herói brasileiro – ou da arte brasileira –, que persiste em lutar para ser reconhecido. A luta de Aimberê, como personagem apagado/silenciado na história do Brasil, se conecta à própria resistência da arte, que busca nas suas margens (e nos seus marginais) a força para continuar.

Serviço:
Temporada: de 05 de julho a 28 de julho
Dias e horários: sexta a domingo, às 19h
Centro Cultural Justiça Federal (Av. Rio Branco, 241 – Centro)
Ingressos pelo site Sympla
Classificação etária: 14 anos

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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