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Clélia Iruzun apresenta recital virtuosístico com obras de Robert Schumann

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A Sala Cecília Meireles, na Lapa, recebe Clélia Iruzun para um recital de piano que combina grandes desafios técnicos com alta carga emocional. O repertório, dedicado ao compositor alemão Robert Schumann (1810 – 1856), conta com obras de peso: a difícil Sonata No. 2, em Sol menor, Op. 22, o Carnaval Op. 9 e a Arabeske Op. 18. Abrem o programa os Seis Estudos Transcendentais de Francisco Mignone.

Robert Schumann é frequentemente considerado o mais romântico entre os compositores do período Romântico. Nascido em Zwickau, na Alemanha, ele viveu uma vida repleta de turbulências, com episódios que parecem saídos de um romance oitocentista, como o relacionamento com a pianista Clara Wieck, que enfrentou feroz oposição do pai da jovem, e uma grave lesão nos dedos, que o eximiu da carreira de pianista. Ao invés de abandonar o piano, no entanto, o artista encontrou no instrumento o meio ideal para expressar seus anseios: suas primeiras 23 composições publicadas são dedicadas às teclas. Com a saúde deteriorada, morreu aos 46 anos, em um hospital psiquiátrico, onde foi internado após se lançar no Rio Reno. A carreira de Schumann foi marcada por fases de extraordinária criatividade, intercaladas por períodos de profunda depressão. O caráter enigmático e dúbio de sua personalidade atravessa todo o seu legado, e está presente nas obras-primas para piano, nos lieder, nas sinfonias e na  música de câmara.

“Schumann foi um artista muito complexo e muito intrigante, e isso se traduz diretamente nas obras que ele escrevia. Muitas vezes, de forma surpreendente, passagens de grande lucidez e serenidade são seguidas por súbitos rompantes emocionais, como acontece na Sonata no. 2,  por exemplo. A Arabeske, embora seja uma obra mais curta, também guarda suas dualidades, com seções contrastantes que revelam dois lados do compositor. O próprio Schumann, aliás, cunhou nomes para essas suas facetas: o ‘Florestan’ representa seu lado impetuoso, extrovertido; já o ‘Eusebius’, representa sua dimensão mais melancólica e introvertida. Esses dois ‘personagens’, digamos assim, comparecem em toda a sua obra… no Carnaval Op. 9, especificamente, há movimentos com esses nomes”

Para o recital, Clélia também escalou uma obra do compositor brasileiro Francisco Mignone, cujo aniversário é celebrado no dia 3 de setembro. “O  Francisco e a Josephina Mignone foram figuras muito importantes na minha vida. Eu os conheci quando era criança, e eles foram grandes incentivadores da minha carreira. O Mignone, inclusive, chegou a me dedicar algumas obras. Recentemente nós perdemos a Josephina, que foi a maior divulgadora da obra do maestro, então resolvi incluir uma obra dele no programa, como forma de homenagem aos dois. Embora a linguagem do Mignone seja diferente do idioma schumanniano, os dois compositores tinham esse encanto pelo fantástico, como se percebe em alguns títulos dos Estudos Transcendentais.”

SERVIÇO: Recital Schumann com a pianista Clélia Iruzun
Local
: Sala Cecília Meireles, Largo da Lapa, 47, Centro
Lotação: 670 lugares
Duração: 90min
Ingressos em Eleven Tickets

Aliás, a Sala Cecília Meireles apresenta quinta-feira, dia 5 de setembro, às 19 horas, dentro da série Cantares, Eliane Coelho, soprano e Gustavo Carvalho, piano. No repertório, canções de Sergei Rachmaninoff.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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