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Juliana Trimer estreia monólogo com texto da premiada autora Andréa Bescond

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Protagonizado por Juliana Trimer, o solo ‘As Cosquinhas ou a Dança da Raiva’ é um mergulho nas memórias de Odette, uma bailarina que, durante uma sessão de terapia, revisita momentos de sua vida e se aventura numa delicada e profunda jornada de como a dança lhe ajudou a ressignificar um abuso sexual sofrido na infância. Trata-se da primeira montagem brasileira do premiado espetáculo francês escrito e protagonizado por Andréa Bescond, com direção de Lisa Eiras.

Assim como a peça original, o espetáculo combina teatro e dança para construir uma narrativa delicada e bem-humorada sobre a potência transformadora da arte. Em cena, além de Odette, Juliana interpreta outras cinco personagens que se revezam entre as memórias da protagonista. A encenação acontece de forma que o jogo criado em cena é construído apenas pela atriz e uma cadeira, e convida o espectador a explorar a imaginação de forma lúdica. 

‘Estar sozinha no palco também é um símbolo de como a própria Odette experiencia a solidão desse conflito. A minha história é um pouco diferente da dela, mas carrega muitas semelhanças, como a minha saída de casa para me tornar artista, o balé clássico na infância e a negligência de parte dos meus familiares ao tomarem conhecimento da violência que sofri. O texto traz esperança e um olhar muito corajoso para a dor, tudo isso passando também por momentos de humor. É uma maneira muito equilibrada de falar de assuntos tão delicados. A gente tira o protagonismo do abusador e do abuso em si e o transfere para a jornada pessoal que existe em olhar para si mesma’, afirma Juliana.

A ideia de montar o espetáculo nasceu em 2019 depois que Juliana assistiu ao filme ‘Inocência Roubada’, adaptação do texto original para cinema. ‘Eu lembro de ter saído do cinema leve. A temática poderia ter sido um gatilho pra mim, mas senti que, ao invés disso, o filme me deu uma nova percepção sobre o que vivi, bem mais acolhedora e conciliatória comigo mesma. E é essa a percepção que eu quero levar para outras pessoas com esse projeto a partir de agora’, relata a atriz.

Inspirada na vida da própria autora, a obra estreou na França em 2014, e foi ovacionada pela crítica ao receber importantes premiações como o Prêmio Molière de melhor solo. Dez anos após sua estreia, a peça encontra eco na intenção de Juliana de contar essa história também nos palcos do Brasil, com uma equipe criativa inteiramente feminina. 

A diretora Lisa Eiras enxerga a peça como uma proposta de superação. ‘Eu acho que a arte pode apresentar, assim como a dança foi pra personagem, uma alternativa de como lidar com a dor. Acredito no teatro como um lugar potente para apontar caminhos possíveis para seguir em frente, expandindo nosso imaginário’, declara Lisa.

SERVIÇO: Temporada: 03 de outubro a 03 de novembro (exceto dias 24 a 27 de outubro) Dias da semana: De quinta a domingo/ Horário: Quinta a sábado, às 19h | Domingo, às 18h Local: Teatro II do Sesc Tijuca (Rua Barão de Mesquita, 539) / Classificação indicativa: 16 anos Duração: 60 minutos

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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