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“Entre a pele e a alma”, de Alex Neoral na Cidade das Artes

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Em curtíssima temporada, a Focus Cia de Dança, dirigida por Alex Neoral, apresenta “Entre a pele e a alma” na Cidade das Artes. A direção de produção é de Tati Garcias. “Entre a pele e a alma” fez uma estreia aclamada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com presença de artistas, formadores de opinião e críticos, em junho desse ano. Superprodução, a montagem celebra o corpo de forma única. O roteiro é marcado por dilemas ancestrais, sobretudo o direito ao prazer, desde a origem da humanidade.

“Entre a pele e a alma trança referências tomando por base a célebre pintura O Jardim das Delícias Terrenas, de Hieronymus Bosch (século XVI). É a base para aproximar-se do Carnaval, a festa pagã da alegria, com síntese definitiva na obra e na voz do cantor Ney Matogrosso, também uma das inspirações para o espetáculo. Ney pela primeira vez interpreta uma trilha para dança contemporânea. Todas as camadas da montagem convergem para exaltar um momento único: os 30 anos de trajetória profissional do coreógrafo Alex Neoral, autor de mais de 30 montagens de dança contemporânea. A trilha foi composta especialmente para o espetáculo pelos renomados Sacha Amback e Paula Raia. 

Além dos compositores, a criação amalgama uma equipe consagrada: os figurinos são de João Pimenta, aclamado estilista de São Paulo, o visagismo foi elaborado por Fernando Torquatto, já os cenários são assinados por Barbara Lana e o design de luz é realizado por Anderson Ratto. O espetáculo é dançado e criado com Bianca Lopes, Carolina de Sá, Cosme Gregory, Iure de Castro, Letícia Tavares, Lindemberg Mallí, Paloma Tauffer, Yasmin Almeida e Wesley Tavares. 

Cidadão do mundo – Alex Neoral encontrou inspiração no Museu do Prado, em Madri ao longo de algumas visitas. Diante do tríptico de Bosch, pintado no século XV, foi longe. As três partes somam 2,20 x 3,89. Fechadas as abas laterais, a parte central simboliza o Terceiro Dia da Criação do Mundo por Deus. Completo, o tríptico mostra no quadro central o Jardim das Delícias Terrenas, repleto de hedonismo e, na sequência, a condenação ao fogo eterno.

“A carne do nosso corpo é o elo entre a pele e a alma, desde Adão e Eva, como configura Bosch em ‘O Jardim das Delícias Terrenas’. Ao longo da civilização, a tutela sobre o corpo foi capaz de gerar vasta gama de códigos religiosos, de leis de moralidade. Ainda hoje, no século XXI, há no planeta o julgamento sobre como o corpo feminino deve ser mostrado ou não, sobretudo, em regimes políticos extremistas. Esse é um aspecto que está na coreografia. Há muito mais.  

Além disso, “Entre a pele e a alma” traz referências ao Carnaval, justamente a festa pagã que permite deleite e transgressão, obrigatória no calendário. Como na pintura de Bosch, evocam-se os sete pecados capitais, mas há a redenção ao divino que, para nós, surge na figura do Ney Matogrosso: ele é o nosso Deus”, explica o coreógrafo e diretor Alex Neoral.

Serviço: Temporada: 24, 25 e 26 de outubro de 2024 | sex. a sáb., às 20h. / Local: Cidade das Artes (Av. das Américas, 5300 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, 5300) / Ingressos na bilheteria ou pela Sympla / Classificação: 14 anos

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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