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Casa Pacheco Leão reabre suas portas para visitação

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A reforma da Casa Pacheco Leão – um dos mais emblemáticos prédios históricos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro – foi, enfim, finalizada em outubro. O público poderá visitar a atração a partir de 21 novembro, quando será inaugurada a exposição inédita “Rota do Chá – Botânica, Cultura e Tradição”. Aliás, a entrega do imóvel e a exposição fazem parte das ações em comemoração aos 50 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e a China.

O presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Sergio Besserman Vianna, destaca a relevância do novo espaço cultural da instituição, “O primoroso restauro da Casa Pacheco Leão devolve à sociedade mais um importante patrimônio histórico cultural do país. O projeto traz a integração entre a ciência botânica, a história e a cultura, que traduz, na prática, a missão do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a de fazer e difundir pesquisas científicas, visando à conservação da biodiversidade. Além disso, a Casa vai ampliar, com arte e excelência, a experiência de visitação, aproximando o público da ciência e história botânica por meio da planta do chá, ressalta o presidente do JBRJ.

Fechada há cerca de oito anos, a casa, onde residiu o médico Antônio Pacheco Leão, diretor do Jardim Botânico de 1915 a 1931, passou por obras de manutenção e restauração durante seis meses. Com dois andares, dez salas, quatro banheiros e copa, o imóvel, em estilo eclético, teve as cores originais de suas paredes retomadas em várias tonalidades, assim como as janelas, portas externas e guarda-corpos azuis e as esquadrias internas verdes. 

Outras relíquias recuperadas são as pinturas artísticas nas paredes, a escada e o piso original. O imóvel recebeu ainda um elevador e banheiros com acessibilidade. Todo o processo foi autorizado e acompanhado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

– Esta casa foi um ponto de encontro para grandes cientistas, como Adolpho Ducke, João Geraldo Kuhlmann, Alexandre Curt Brade e Alberto Löfgren. É fascinante ver esse lugar, que preserva tantos detalhes originais, reaberto para o público. Agora, todos poderão explorar o universo de um homem que dedicou sua vida ao estudo e à preservação da flora nacional – avalia a superintendente do Iphan no Rio de Janeiro, Patrícia Wanzeller. 

A exposição “Rota do Chá – Botânica, Cultura e Tradição” foi organizada pela Dellarte Soluções Culturais, com a curadoria de Alexandre Murucci, e traça a história do chá desde suas origens ancestrais na China até sua disseminação global, com destaque para os rituais, as artes e a evolução social, associados à sua produção e consumo. A programação inclui apresentações musicais, palestras e workshops, e terá entrada gratuita. O objetivo é que o público faça uma imersão sobre a rica tapeçaria cultural do chá, explorando suas origens, sua jornada global e seu papel na construção de conexões entre diferentes culturas, especialmente entre Brasil e China. 

O Jardim Botânico do Rio faz parte dessa história, por ser o primeiro lugar no Brasil onde foi introduzido o cultivo da planta do chá (Camellia sinensis (L.) Kuntze), por chineses trazidos pela coroa portuguesa especialmente para esse trabalho, no início do século XIX. O militar naturalista João Gomes da Silveira Mendonça estava à frente do Jardim Botânico entre 1809 e 1823, quando os chineses chegaram ao Brasil e iniciaram o cultivo. Seu sucessor Frei Leandro do Sacramento foi pioneiro no estudo e publicação sobre a cultura do chá no país.

A Casa terá entrada gratuita, mediante retirada de ingresso no site jbrj.eleventickets.com. O funcionamento será de quinta a terça-feira, das 10h às 17h. 

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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