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“Nós – Arte e Ciência por Mulheres” no Futuros – Arte e Tecnologia

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Depois de receber milhares de visitantes em São Paulo, no Paço das Artes e no Sesc Interlagos – onde segue até 30 de março de 2025 –, a exposição “Nós – Arte e Ciência por Mulheres” chega ao Rio de Janeiro. A mostra destaca o conhecimento produzido por mulheres do Brasil e de diversas partes do mundo em áreas como astronomia, química, medicina, antropologia e arqueologia.

Quem for ao centro cultural Futuros – Arte e Tecnologia poderá refletir sobre diferentes aspectos da condição feminina em meio a obras de arte, peças de acervos científicos e registros que ajudam a conhecer as trajetórias de grandes mulheres de diferentes épocas, lugares e cultura. A mostra oferece uma oportunidade única de descobrir ou rever suas presenças na ciência, enquanto lança luz sobre a histórica inviabilização de suas atuações na sociedade. Tudo isso por meio da apresentação de personagens, iconografia histórica e científica e obras de artistas contemporâneas.

Entre as cientistas, figuram mulheres como a química francesa Marie Curie, a médica brasileira Nise da Silveira e a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, autora da frase que pode ser entendida como o ponto de partida da exposição: “O problema com o gênero é que ele determina quem deveríamos ser em vez de reconhecer quem somos”.

“Estamos muito felizes em poder trazer para os cariocas essa mostra tão importante, depois de duas temporadas de sucesso em São Paulo. Nós, mulheres, sempre criamos, curamos, catalogamos, inventamos, analisamos e sobretudo lutamos. “Nós – Arte e Ciência por Mulheres traz para a linguagem de exposição uma narrativa que busca dar visibilidade à contribuição das mulheres ao longo dos tempos, e faz isso através da arte, buscando informar e sensibilizar para mudanças em curso, mas que seguem urgentes para a emancipação das mulheres“, ressalta Isabel Seixas, uma das curadoras.

É com imensa satisfação que recebemos em nosso centro cultural uma exposição que enaltece as grandes histórias e feitos de mulheres artistas e cientistas, tanto brasileiras como de outras nacionalidades. Nossa missão no Futuros – Arte e Tecnologia é o de estimular o olhar crítico e construtivo por meio da arte, e ‘Nós – Arte e Ciência por Mulheres’ vai proporcionar ao público a oportunidade de conhecer as obras de escritoras, médicas, engenheiras, pesquisadoras e muitas outras profissionais que por muito tempo não tiveram o seu devido reconhecimento”, afirma Victor D’Almeida, gerente de cultura do instituto Oi Futuro. 

A mostra ocupará todas as galerias do Futuros. No hall estará a obra “Acúmulo Rosa”, da artista Thatiana Cardoso, e a série “Ser flor, ser híbrida em estado de Namoro com a Indefinição”, de Efe Godoy. É também neste espaço que questões acerca do gênero como construção social são introduzidas.

Na galeria 1 será abordada a “ciência antes da ciência”, a sabedoria ancestral e temas que debatem a criação do patriarcado. A narrativa volta alguns séculos no tempo para valorizar os saberes carregados por gerações de parteiras, curandeiras e benzedeiras, muitas vezes marginalizadas, condenadas e perseguidas pelo poder patriarcal. Este núcleo trata da construção da ciência ocidental a partir de um ponto de vista masculino e resgata histórias de mulheres que contribuíram para romper as barreiras do sexismo na produção científica. Outro destaque é a apresentação de acervos do Museu dos Povos Indígenas e do Museu Nacional. 

O segundo núcleo da exposição ocupa a galeria 2 com o tema “A revolução será feminista, ou não será!”, explorando a contínua luta das mulheres por uma sociedade mais igualitária, considerada a mais longa de todas as revoluções. Entre os temas em destaque está o trabalho doméstico e a economia do cuidado, ao qual mulheres ainda dedicam muito mais horas que os homens, o que compromete seu desenvolvimento acadêmico e profissional. Estão ali também a contribuição de mulheres nas áreas das ciências humanas, naturais e da saúde. 

Na última galeria do Futuros são apresentadas cientistas contemporâneas e questões presentes nos debates atuais como meio ambiente, tecnologia e comunicação. É aqui que ganham destaque cientistas que contribuíram para mitigar a recente pandemia de Covid, entre outras que alcançaram evidência por projetos inovadores. 

Ao longo da mostra, biografias de mais de 50 cientistas serão expostas, entre as quais a da matemática britânica Ada Lovelace (1815-1852), autora do primeiro algoritmo processado por uma máquina; e da estadunidense Margaret Hamilton (1936), responsável pelo código do software da Apolo 11, primeira nave a pousar na Lua. Entre as brasileiras, estão Nísia Floresta (1810-1885), educadora considerada a primeira feminista do país; Sueli Carneiro (1950), filósofa, fundadora do Geledés — Instituto da Mulher Negra e figura central no movimento negro no Brasil; Mestra Japira (1962), pajé e educadora Pataxó, doutora por Notório Saber da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); e a biomédica Jaqueline Goes (1989), coordenadora da equipe que sequenciou o genoma do vírus da Covid-19 apenas 48 horas após o registro do primeiro caso da doença no Brasil.

Serviço: visitação: 15 de novembro até 16 de fevereiro de 2025 / Local: Futuros – Arte e Tecnologia  / Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo / Ingresso gratuito.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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