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“Selva: Solidão” no Teatro Ziembinski

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Selva: solidão”, monólogo escrito por Jefferson Almeida e Vinicius Teixeira, tem o intuito de se aprofundar na pesquisa sobre a solidão LGBTQIAPN+.

“Durante a pandemia li muitos artigos e livros de filósofos contemporâneos que falam sobre vivências LGBTQIAPN+. Uma questão que me chamou a atenção, e que era uma constante em comum entre a maioria dessas leituras, foi a da solidão sentida pelos membros da comunidade. Vivemos em um tempo no qual esse sentimento é uma presença comum a todos, mas os membros da comunidade LGBTQIAPN+ o experienciam de uma forma particular. Esse tipo de sensação é fruto de um crescimento onde os afetos, desejos, formas de se comportar, movimentar, falar, preferências e tendências, são questionadas e negadas pelo mundo heteronormativo e patriarcal no qual estamos inseridos”, relata Vinicius sobre como nasceu a ideia para o espetáculo. 

SINOPSE: Jonathan, um atendente de fast food, Luiz Felipe, um garoto de programa e Antônio, um professor universitário aposentado são três homens gays que têm suas vidas cruzadas. Através dos desenvolvimentos de suas trajetórias e das relações que se estabelecem entre eles, “Selva: Solidão” convida o público a refletir sobre os efeitos de se crescer como uma pessoa LGBTQIAPN+ em um mundo heteronormativo, e sobre o constante sentimento de solidão presente na comunidade.

No espetáculo, dirigido por Jefferson Almeida, o ator, que pode ser visto atualmente em “Justiça 2”, do Globoplay, como Pascoal, vive os três diferentes personagens, mas todos com um motivo em comum: ser um espelho para que os membros da comunidade possam se ver e, a partir desse impacto, modificar suas atitudes, contribuindo com a criação de uma comunidade que lida melhor com os traumas causados pela sociedade heteronormativa. 

– É uma delícia poder estar em cena dando vida a três personagens tão complexos, com idades e experiências completamente diferentes, mas que carregam angústias e questionamentos em comum. É muito interessante ver como essas questões semelhantes entre eles, se manifestam de formas tão diferentes no comportamento de cada um – ressalta o ator. 

Vinicius ainda ressalta a importância de ter mais produções com o tema não somente nos palcos, mas em diferentes segmentos da sociedade, principalmente no Brasil, que é o país que mais mata pessoas LGBTQ+ no mundo. 


Serviço:
Temporada de 05 de novembro até 27 de novembro / Local: Teatro Ziembinski / Ingressos https://riocultura.eleventickets.com / Classificação: 16 anos

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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