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 “O Céu da Língua”, monólogo de Gregório Duvivier, em temporada no Teatro Carlos Gomes

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Quem tem medo de poesia? Gregório Duvivier não faz parte deste grupo e, como um apaixonado, faz de tudo para persuadir os outros das qualidades do seu objeto de encanto – até mesmo criar um espetáculo sobre o assunto. No monólogo “O Céu da Língua”, uma comédia poética, o artista usa o seu discurso sedutor pra convencer o público de que tropeçamos diariamente na poesia e o assunto é prazeroso e divertido. Após estrear em Portugal com grande sucesso em novembro, o espetáculo chega ao Brasil para uma temporada no Teatro Carlos Gomes.

"O Céu da Língua

No aniversário de 500 anos de Luis de Camões, foi a peça de um brasileiro que roubou a cena em Portugal. Gregorio Duvivier, que não estreava uma peça nova há cinco anos, fez essa peça pra homenagear sua língua-mãe. Encontrou, ao fazer a peça, uma legião de pessoas que compartilham dessa paixão. “Gregorio Duvivier é um artista completo, no sentido mais renascentista do termo”, disse Miguel Esteves Cardoso, o maior cronista de Portugal, no jornal O Público.

“A poesia é uma fonte de humor involuntário, motivo de chacota”, reconhece o ator, que cursou a faculdade de Letras na PUC do Rio de Janeiro e publicou três livros sobre o gênero literário. “Escrevi uma peça que pode ajudar alguém a enxergar melhor o que os poetas querem dizer e, pra isso, a gente precisa trocar os óculos de leitura”. 

A direção é da atriz Luciana Paes, parceira de Gregório no espetáculo de improvisação “Portátil”. Se no seu solo anterior, “Sísifo” (2019), escrito junto com Vinicius Calderoni, Gregório subia uma grande rampa dezenas de vezes, agora, o que se tem é uma encenação desprovida de qualquer cenário. 

No palco, totalmente limpo, o instrumentista Pedro Aune cria ambientação musical com o seu contrabaixo, e a designer Theodora Duvivier, irmã do comediante, manipula as projeções exibidas ao fundo da cena. O resto é só o comediante e sua devoção pelas palavras. “Acredito que o Gregório tem ideias para jogar no mundo e, com essa crença, a coisa me move independentemente de qualquer rótulo”, diz Luciana, uma das fundadoras da celebrada Cia. Hiato, que estreia na função de diretora teatral.  

“O Céu da Língua” não é um recital. Por outro lado, garante Luciana, a dramaturgia de Gregório não deixa de ser poética. “O stand-up comedy aqui é uma pegadinha pra falar de literatura”, como ela bem define. “A peça fica na esquina do poema com a piada”, arremata o ator.

Serviço: de 6 a 24 de fevereiro de 2025./ Local: Teatro Carlos Gomes / Ingressos em RioCultura

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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